Tudo o que existe no cotidiano é possível aproveitar para ensinar valores morais aos filhos
Tudo o que existe no cotidiano é possível aproveitar para ensinar valores morais aos filhos| Foto: Shutterstock
  • Por Unimed e Bluem
  • 06/05/2024 13:01

Crianças aprendem muito pelo exemplo. Especialmente quando são pequenas e estão formando seu caráter.

Toda atitude, ação ou palavra que venha de seus pais vai sendo absorvida com facilidade, porque ela é do visual e do concreto. E em relação à mãe, essa observação a partir do filho é ainda mais específica, porque ela é seu primeiro amor e sua primeira professora, que deixa marcas profundas. Portanto, a conduta moral da mãe é acolhida pela criança como o certo.

Por esse motivo é necessário que a mãe tenha consciência da sua cosmovisão, para ter firmeza em seus ensinamentos. “Se faz requisito, a coerência desta mãe, entre o que pensa e como age, ou da sua teoria e da sua prática.

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Quando a mãe não tem clareza do seu posicionamento, os filhos irão perceber, o que deixará eles inseguros e confusos, atrapalhando a aquisição de qualquer ensinamento”, pontua Ester Storck, psicóloga e psicoterapeuta.

Ela acrescenta que em um momento da sociedade onde quase tudo é relativo e uma crise moral está instalada, é imperativo que mães sejam mais firmes e posicionadas, na tarefa da formação de seres humanos saudáveis e conscientes moralmente.

Nos detalhes da rotina

Tudo o que existe no cotidiano é possível aproveitar para ensinar valores morais aos filhos. Dia após dia situações acontecem e que possibilitam formar a consciência delas: alguém que feriu outra pessoa, que roubou, que trapaceou.

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Ou do contrário: que foi exemplar, ajudou um necessitado, foi leal a uma pessoa. “É imprescindível mostrar na prática essas relações humanas baseadas na moral e na imoralidade, porque ela aprende com o que vê de certo e com o errado também”, explica Lelia Cristina de Melo, psicóloga clínica e orientadora familiar.

A psicóloga ressalta, ainda, que as conversas familiares devem se basear mais em aspectos profundos, falando sobre amor, moral e valores humanos. Porque muitas famílias se voltam para os aspectos exteriores como as notas escolares, roupas, passeios, festas, que são importantes, mas não essenciais.

“A formação da consciência moral é preponderante e é preciso que os conceitos sejam trabalhados regularmente e sistematicamente. Tudo o que é de vez em quando, a criança não leva para a vida”, reforça. “E a mãe tende a ser mais próxima dos filhos, porque explica mais, então cabe muito a ela não minimizar esse tipo de conversa”.

Inclusive porque a mãe será sempre “aquela voz interna” na vida do filho, que funciona quase como uma bússola. Por meio daquilo que é importante para ela, dos seus ensinamentos, da colocação de limites, ela estará formando um filho.

“Valores e virtudes são passados primeiramente pela figura materna e depois pelo meio que esta criança convive. Já é antiga a frase: ‘A mão que balança o berço, domina o mundo’. As mães formam cidadãos fortes para a sociedade”, conta Ester.

Isso porque, invisivelmente ela vai firmando nos filhos os valores morais que serão fundamentais para que essas crianças cresçam e se tornem adultos que pensam no Bem comum. “É no invisível, quando a mãe não planeja nada e está ‘apenas vivendo’, que ela ensina muito.

Na sua conduta em relação à família, às pessoas externas, na maneira como ela ama e serve as pessoas, os filhos compreendem e internalizam virtudes e valores essenciais a todo ser humano”, finaliza Lelia.

*Próxima leitura: Mães educadoras transformam lares em escolas que ensinam para além do básico

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