78% dos líderes de empresas têm alguma dificuldade em gerenciar diferentes gerações.
78% dos líderes de empresas têm alguma dificuldade em gerenciar diferentes gerações.| Foto: Divulgação
  • Por IBEF-PR
  • 11/12/2023 14:43

De acordo com estudo recente realizado pela Sputinik, consultoria em educação corporativa, 78% dos líderes de empresas têm alguma dificuldade em gerenciar diferentes gerações. Enquanto as gerações mais velhas, como os baby boomers (nascidos entre 1940–1965) e a geração X (1966–1978) estão mais confortáveis com a estabilidade e costumam ficar na mesma empresa por anos, os millenials (1979–1994) e a geração Z (1995–2010) são movidos pelo engajamento e satisfação, tanto pessoal quanto profissional.

Essas diferenças geracionais podem ser um desafio para os gestores e líderes das companhias. O mundo empresarial e financeiro está cada vez mais vivenciando a diversidade, e esse cenário vem para ficar nas empresas. Um exemplo disso é a vencedora do Prêmio Equilibrista 2023, promovido pelo IBEF-PR, Bruna Hadad, jovem com 34 anos e CFO da WAP. O reconhecimento recebido por ela destaca uma mudança notável na premiação, tradicionalmente dominada por líderes da geração boomer.

Segundo Ruth Bandeira, VP de Projetos Estratégicos do IBEF-PR e Co-Founder e diretora na Proposito/Grupo PRO, é necessário fazer com que essas gerações trabalhem juntas e não em conflito, buscando aproveitar o que cada um tem de melhor a oferecer. Para ela, um dos desafios da diversidade geracional, atualmente, é atender as demandas, principalmente, dos colaboradores mais jovens. O mesmo estudo da Sputinik ainda aponta que 36% dos líderes não têm como canal prioritário as trocas com seus liderados, assim como 43,3% não se conectam com seus pares em momentos decisivos. "Isso gera uma solidão nas organizações por parte do olhar desses liderados mais jovens", afirma Ruth.

Transparência e trabalho em equipe

Para mudar esse cenário, a VP de Projetos Estratégicos do IBEF-PR sugere o exercício da escuta ativa como a primeira medida que os líderes podem tomar para promover um ambiente mais inclusivo. Ela enfatizou a necessidade de transparência na estratégia organizacional. "Então, diferente de outras gerações que eram muito habituadas ao comando e controle, os mais jovens para estar engajados precisam entender o porquê das coisas e para onde a empresa está indo e onde quer chegar. Eles precisam dessa clareza para realmente se engajarem nos seus trabalhos", explica.

Outra recomendação essencial é fornecer um feedback claro e construtivo, usando exemplos específicos para orientar o desenvolvimento profissional dos liderados. Ruth enfatizou a importância de líderes mais experientes reconhecerem e valorizarem a capacidade única da geração mais jovem em acessar e manipular dados de forma intuitiva.

Por fim, a VP de Projetos Estratégicos do IBEF-PR destaca que a colaboração intergeracional é fundamental para o sucesso das organizações, destacando a capacidade dos profissionais mais jovens de estarem super antenados e pensar de maneira espontânea, enquanto os mais experientes contribuem com maturidade e conhecimento holístico da organização. A abertura para a troca de informações entre as gerações é uma oportunidade de enriquecer o ambiente de trabalho e impulsionar o sucesso organizacional como um todo.

Sobre o IBEF-PR

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