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 | Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
| Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

A apreensão de R$ 800 mil em cédulas falsas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na última sexta-feira (10), em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, elevou o nível de preocupação de comerciantes. Não são raros os boatos, espalhados pela internet, de notas falsificadas circulando pela cidade. Com a proximidade do fim do ano, e a maior circulação de dinheiro característica do período, confira abaixo os cuidados para não acabar no prejuízo exigem atenção.

As cédulas de real são alvo constante de falsificação. Entre janeiro e outubro de 2017, por exemplo, foram 26.327 cédulas apreendidas no Paraná, de acordo com dados do Banco Central do Brasil (BC). As estatísticas fazem do estado o quarto em número de apreensões, com valores que, se fossem colocados no mercado, chegariam à casa dos R$ 2 milhões. As principais notas falsificadas são as de R$ 100, com 15.094 apreensões nos 10 primeiros meses do ano, seguidas pelas de R$ 50, com 8.939 retenções no Paraná. Para evitar pegar cédulas falsificadas, os comerciantes adotam algumas táticas e equipamentos, como usar canetas que identificam quando a nota é falsa e máquinas que expõe as cédulas à luz ultravioleta.

O Banco Central, que é responsável pela emissão do dinheiro no Brasil, tem suas recomendações para quem não quer acabar com cédulas falsas em suas mãos, além de disponibilizar um aplicativo para celular – para sistemas operacionais Android e iOS – em que os elementos de segurança das notas são apresentados para verificação. O app não reconhece o dinheiro sozinho.

Diferenças no dinheiro

O Real foi implementado no Brasil em 1994, e começou a circular oficialmente em 27 de fevereiro daquele ano. As cédulas ganharam modificações em 2010, e dois tipos distintos de notas são válidas desde então – da primeira e segunda famílias.

Nas cédulas da primeira família, são marcas de segurança a Marca d’Água, as iniciais do Banco Central destacadas na tarja inferior da nota, o encaixe perfeito das impressões na frente e no verso do Brasão de Armas do Brasil e o relevo na impressão dos números e da figura principal da nota (efígie).

Nas notas da segunda família, a Marca d’Água e o relevo na impressão seguem, mas as cédulas mais modernas ganharam sistemas de segurança que envolvem números escondidos e faixas holográficas, mais difíceis de serem reproduzidas segundo o BC.

O que observar nas notas

1.ª Família

As cédulas de primeira família trazem quatro tipos de Marca d’Água. As de R$ 2 tem uma tartaruga como marca, junto com o valor da cédula, as de R$ 5 e R$ 10 variam entre a bandeira e a marca da República, as de R$ 20 tem um Mico-leão-dourado junto com o valor, e as de R$ 50 e R$ 100 tem a marca da República.

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No canto esquerdo inferior da nota, ao lado da inscrição “Reais”, o quadro escuro não deve conter inscrições quando se olha a nota de frente. Porém, quando a cédula é inclinada e posicionada no nível dos olhos, as letras ‘BC’ devem aparecer destacadas.

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O Brasão de Armas do Brasil, posicionado no canto direito da frente, e no canto direito do verso, deve ser coincidente quando a cédula é observada contra uma fonte de luz.

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Impressões em relevo também são indicativos da legitimidade. O escrito ‘Banco Central do Brasil, no canto esquerdo superior frontal, os números e a imagem central da nota devem ter relevo, possível de ser sentido com o toque dos dedos.

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As notas de R$ 20, lançadas a partir de 2002, tem ainda uma faixa holográfica para conferência. Ao movimentar a nota, é possível observar modificações na faixa, que alterna imagens do número 20 com um Mico-leão-dourado.

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2.ª Família

A Marca d’Água da segunda família do Real varia para cada nota, levando os animais da cédula como marca de segurança na faixa clara, possível de ser observada quando colocada contra uma fonte de luz.

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O relevo da impressão está presente em alguns detalhes, como a inscrição do BC, o valor, a faixa lateral e a figura central. É possível sentir a elevação com os dedos.

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Números escondidos fazem parte do sistema de verificação das notas mais recentes. Dentro da faixa lateral, que fica no canto direito frontal, é possível enxergar o valor da cédula quando posicionada na linha de visão. As notas de R$ 50 e R$ 100 tem os valores também no verso, acima da inscrição do valor.

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O fio de segurança está presente nas notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100, e neles está indicado o valor de cada uma das notas, possíveis de ser observadas quando a cédula é colocada contra a luz.

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Um quebra-cabeça de encaixe, semelhante ao Brasão de Armas das notas de primeira família, revela o valor das cédulas quando são colocadas diante da luz. As duas partes são complementares.

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Elementos fluorescentes devem aparecer quando a cédula é exposta à luz ultravioleta. Na frente, acima do valor da cédula, o número correspondente ao valor deve aparecer em destaque. Na parte traseira, o número de série, que é vermelho a olho nu, se torna amarelo.

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As notas de R$ 50 e R$ 100 ainda tem faixas holográficas para reforçar a segurança. Nessas tarjas, quando a nota é movimentada diante da visão, os valores se alternam com a palavra ‘Reais’, além de variar a coloração dos animais que representam as cédulas.

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