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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Bandidos tentaram aplicar um golpe por telefone a uma delegacia de Curitiba na noite desta quarta-feira (07). E o alvo escolhido foi justamente a Delegacia de Estelionatos e Desvio de Cargas (DEDC), especializada em atender ocorrências desse tipo. No caso, os golpistas tentaram se passar por juízes e oficiais e justiça para conseguir dados que pudessem ser usados para roubar dinheiro de familiares de detentos.

A história foi contada pelo próprio delegado Rodrigo Souza, da DEDC, em seu perfil no Facebook. Segundo ele, a equipe do plantão recebeu a ligação de um homem que se apresentou como o juiz José Vagner, da 1ª Vara de Custódia de Curitiba. O suposto magistrado teria perguntado o total de presos na delegacia, seus nomes e ainda pediu o telefone de um familiar de cada um deles.

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“Desconfiando da narrativa e de todo o contexto (dificilmente um juiz liga numa delegacia), demos um telefone de um integrante da equipe como se fosse parente de um dos presos”, descreve Souza.

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Logo em seguida, o policial que se passava por parente recebeu uma ligação em seu celular de um número com DDD 95. Do outro lado da linha, o homem se apresentou como um oficial de justiça e pediu para que o falso familiar depositasse um valor de fiança em uma conta judicial para que o detento pudesse ser liberado. “Após ouvir toda a deliberação ‘judicial’, interrompemos o ilustre representante da massa carcerária e perguntamos se a cela estava cheia e se estava calor em Roraima”, conta o delegado. Segundo ele, em 10 anos na área, é a primeira vez que um estelionatário tenta passar um golpe na Delegacia de Estelionato. “Ladrão roubando parente de ladrão”, brinca.

Só que, ao que tudo indica, a tentativa de golpe registrada na delegacia de Curitiba não foi um caso isolado. Nos comentários da postagem, outros policiais relatam tentativas parecidas em outras partes do Brasil. “Teve una época em que isso ficou endêmico aqui no RJ. Recebi diversas vezes essa ligação”, conta um policial carioca. “Acho que o golpe migrou”.

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