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A prefeitura de Curitiba aderiu à campanha Bengala Verde – criada na Argentina e que se espalhou por vários países da América Latina – para estimular o uso de bengalas verdes por pessoas com baixa visão – aquelas que têm menos de 30% da capacidade de enxergar. A ideia, além de orientar sobre as limitações de quem tem a visão comprometida, é estabelecer uma cor diferente da bengala branca usada por cegos e, dessa forma, evitar situações constrangedoras sofridas pelo grupo no dia a dia.

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Pessoas com baixa visão têm dificuldade para reconhecer rostos, ler placas de sinalização, letreiros de ônibus, atravessar ruas e caminhar sozinho, por exemplo. No entanto, ainda conseguem fazer uma série de atividades que causam estranheza e questionamento em quem as confunde com cegos - o que as coloca em várias situações de constrangimento.

“As pessoas com baixa visão sofrem desconfianças da sociedade por ainda conseguirem, com uso de tecnologias assistivas, acessar certos recursos, como o celular e em alguns casos até a leitura. Com conseguem ver um pouco, muitas pessoas acham que elas fingem ser cegas quando usam a bengala para ser locomover”, explica a coordenadora da Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, Denise Moraes.

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A campanha Bengala Verde surgiu na Argentina em 1966 e já faz parte de políticas públicas na Nicarágua, Colômbia, Paraguai, México, Equador, Bolívia, Costa Rica, Venezuela, Uruguai.

No Brasil, o projeto chegou em 2016 e foi adotado pela primeira vez em São Paulo. Desde então, há campanhas periódicas para a doação de bengalas verdes que são distribuídas entre pessoas com visão limitada. O coletivo também possui uma plataforma de doação para a compra das bengalas na internet.

No Brasil, segundo o Censo 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem mais pessoas com baixa visão do que cegos. São cerca de seis milhões para 500 mil cegos. Em Curitiba, o déficit visual atinge, de acordo com a prefeitura, 268 mil pessoas.

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