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Movimento foi tão bom que o proprietário da Sorvetes Gaúcho, Airton Serur dos Santos, não precisou apelar a empréstimos neste inverno. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Movimento foi tão bom que o proprietário da Sorvetes Gaúcho, Airton Serur dos Santos, não precisou apelar a empréstimos neste inverno.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O calor fora do comum deste inverno em Curitiba ajudou a impulsionar um comércio que normalmente tem queda de vendas no frio: o das sorveterias. Só na última semana do mês de agosto, as temperaturas chegaram à casa dos 30º C. Assim, as suas sorveterias mais tradicionais da cidade, a Formiga, no Água Verde, e a Sorvetes Gaúcho, no São Francisco, puderam comemorar as vendas.

Atendente de balcão na Formiga, Rosa Batista Teixeira, que trabalha há 41 anos no estabelecimento, chegou a se surpreender com o movimento dos últimos dias, quando até filas chegaram a se formar. “Teve tanta fila que a gente teve correr aqui para atender. Veio muita gente nesse último final de semana, que não cabia na calçada”, relata. Domingo (3), por exemplo, a temperatura chegou a 26º C, de acordo com o Simepar, e o sol brilhou durante todo o dia.

Quem também foi pego de surpresa foi Airton Serur dos Santos, um dos donos da Sorvetes Gaúcho, na praça conhecida pelo mesmo nome ao lado do Cemitério Municipal de Curitiba. O empresário conta que a temperatura e o tempo aberto ajudaram a trazer a clientela e que o movimento fez com que ele tivesse que recorrer a familiares para ajudar no atendimento no balcão. Isso fora a correria para abastecer o estoque consumido rapidamente.“A gente teve que sair correndo atrás de açúcar, frutas, porque não estava preparado para vender tanto sorvete. Fomos até atrás dos parentes: tia, primo, para ajudar a atender”, afirma.

Caixa

A procura por sorvetes tem reflexo não só no movimento, mas também no caixa da Gaúcho. Santos revela que, ao contrário de anos anteriores, não precisou recorrer a empréstimos em bancos para manter as contas em dia no inverno. “Nessa época, a gente vivia atrás do gerente do banco, para acertar tudo. Esse ano as finanças estão bem equilibradas”, festeja.

O impulso foi sentido também na Formiga. Rosa afirma que em anos anteriores chegou até mesmo a ter dois meses de férias, já que a loja fecha em temporadas de clima mais frio. Este ano, o descanso foi mais curto, graças ao calor no inverno. “Esse ano reabrimos antes para aproveitar mais o calor. Nos últimos anos teve geada, muito frio, aí não adianta ficar aberto”, explica.

A expectativa de Rosa agora é que o tempo siga assim, atípico, com calor sol até o fim do inverno, no dia 22 de setembro. ”Esperamos mais calor ainda. E tomara que o feriado seja inteiro de sol, que aí mais pessoas vêm”, espera, em referência ao feriado de 7 de Setembro, que em Curitiba é estendido, já que dia 8 de setembro é dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

E se depender da previsão do Instituto Simepar, as sorveterias terão movimento até o último dia do feriadão, domingo (10). A previsão é de que as temperaturas cheguem próximas à casa dos 30º C e sem nebulosidade.

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