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Pratelerias vazis em supermercado no bairro Jardim Botânico nesta terça-feira. | Felipe Rosa/Gazeta do Povo
Pratelerias vazis em supermercado no bairro Jardim Botânico nesta terça-feira.| Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo

A Ceasa, central de abastecimento de Curitiba, ficou completamente vazia nesta terça-feira (29), nono dia da paralisação dos caminhoneiros. Como não há mercadorias para negociar, não há nenhuma movimentação nos boxes, seja de vendedores ou de pessoas em busca de produtos. Com isso, o cenário é de prateleiras vazias nas seções de hortifrutigranjeiros dos mercados de Curitiba. E o pouco que resta de frutas e verduras está com preço acima do normal - em apenas uma semana, o preço de algumas frutas e verduras chegou a dobrar , segundo levantamento divulgado pelo Disque Economia de Curitiba segunda-feira (28). Carnes e leite também estão com o estoque baixo.

No Supermercado Angeloni do bairro Água Verde, por exemplo, o quilo do tomate está sendo vendido a R$ 9,99. Não há mais legumes e o cliente encontra apenas algumas frutas como morango, melancia, laranja, limão e algumas folhas verdes. Para alertar a respeito da situação, a rede fixou cartazes nas lojas explicando que há falta de produtos.

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Carnes também estão acabando nos supermercados.ERiksson Denk

Na unidade do Pão de Açúcar, também no Água Verde, há diversos produtos em falta nos estoques como batata, cenoura e tomate, por exemplo. Frutas também estão acabando. O gerente de outro supermercado no bairro Atuba definiu a situação como “caótica”, sem previsão de melhora. “Estamos com estoque crítico em todas as frutas e verduras, e a qualidade caiu muito dos itens que ainda temos”, informou.

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O problema é ainda mais complicado na Supermercado Super G, no Jardim Botânico, onde não há mais opções de verduras e legumes, e outros produtos também estão acabando. “Nosso hortifruti já está zerado porque não conseguimos comprar nada na Ceasa segunda-feira e hoje, estamos desde sábado sem ovos e carne bovina, e agora o leite também está no fim”, informa Jucélia Pereira dos Santos, supervisora do estabelecimento. De acordo com ela, a procura por esses itens básicos aumentou em 20% desde o fim de semana e muitos clientes ficam surpresos com a situação.

É o caso da empresária aposentada Neiva Bauer, 80. Por volta das 11h ela decidiu passar no supermercado para comprar salada e alguns produtos para o almoço. “Só que não tem mais nada. Eu precisava de cebola, cebolinha verde e outras verduras. Simplesmente não tem e vou ter que me virar”, disse.

Algumas marcas de leite também começama desaparecer, como neste supemercado no Jardim Botânico.Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) sobre a situação em Curitiba e aguarda uma resposta.

Sacolões da Família

Apenas quatro Sacolões da Família abriram nesta terça-feira (29). Em um deles, o do Jardim Paranaense, às 10h já não havia mais nenhuma opção de legumes ou verduras. “As pessoas estão procurando batata, cenoura, cebola, tomate, mas não tem mais nada”, informou a gerente Leticia Paula Teixeira, 25. Segundo ela, um carregamento deve chegar às 11h com os produtos que ainda restam no estoque. “Mas não sabemos o que virá”, afirmou. A população também pode procurar hortifrutigranjeiros nas unidades do Carmo, Boqueirão e Pinheirinho.

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