
O Tribunal de Justiça diminuiu para 13 anos e seis meses a pena da doceira Margareth Aparecida Marcondes, que foi condenada em agosto por quatro tentativas de homicídio pelo envio de bombons envenenados a adolescentes de Curitiba em 2012. A pena original era de 30 anos e três meses de prisão. A redução é resultado da apelação feita pela defesa da doceira e foi publicada nesta sexta-feira (1°.). Os docinhos foram contaminados pela doceira na tentativa de adiar uma festa para a qual ela foi contratada, mas que não tinha como cumprir com o contrato porque já teria gasto o dinheiro pago pela família.
De acordo com o advogado de Margareth, Luiz Claudio Falarz, os desembargadores definiram o novo cálculo com base na pena do delito mais grave (que foi de nove anos), referente ao envenenamento da adolescente que daria a festa. A fração final acrescentada pelos desembargadores foi de 50%, resultando em 13,6 anos de prisão em regime inicial fechado.
Segundo Falarz, será estudada a possibilidade de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reduzir ainda mais o cálculo de reclusão.
No julgamento, Margareth recebeu o direito de recorrer em liberdade, desde que não se aproxime das vítimas. Ela também deve comprovar endereço e atividade lícita à Justiça a cada três meses e não pode se ausentar da comarca em que reside sem autorização.
O caso
O crime aconteceu na tarde do dia 12 de março de 2012, quando Margareth mandou um taxista entregar os doces na casa da família de uma adolescente, à época com 14 anos, no bairro Umbará. A menina ficou internada oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas (HC) e teve duas paradas cardíacas. A encomenda foi enviada com um bilhete que dizia para ela provar os doces.
Outros três adolescentes também experimentaram os bombons e foram encaminhados para hospitais com intoxicação alimentar.
Margareth foi identificada pela polícia nas imagens do circuito de segurança de um shopping de Curitiba, onde foi vista deixando a caixa de brigadeiros com o taxista, no bairro Capão Raso. Os policiais a prenderam na madrugada do dia 31 de março enquanto dormia em seu carro na praia de Barra Velha, em Santa Catarina.
Hospital Erasto Gaertner vai receber terapia inovadora de combate ao câncer
Curitiba vacina crianças nascidas em 2016 contra a Covid-19 a partir desta segunda
Com baixa procura, Curitiba amplia repescagem para vacinação em crianças neste sábado
Curitiba anuncia novo calendário de vacinação para 2ª dose e reforço anticovid