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Estação-tubo começou a ser construída em 2018
Estação-tubo começou a ser construída em 2018| Foto: Gilson Klaina / Tribuna do Paraná

Há 18 meses instalada na Linha Verde, entre os bairros Bairro Alto e Bacacheri, a estação-tubo Fagundes Varela ainda não recebeu nenhum ônibus ou passageiro. Mas já está parcialmente destruída e antes de ser integrada ao sistema de transporte público – o que ainda não tem data para acontecer – precisará passar por uma reforma.

Vidros estão quebrados, equipamentos começam a ficar enferrujados e há sujeira por toda parte. Materiais de construção, cadeiras, isopor, latas e garrafas de bebidas alcoólicas estão espalhados no local. Carteiras e bitucas de cigarro, pasta de dente, um cachorro de pelúcia e até roupa intima feminina fazem parte do cenário de abandono.

Prometida inicialmente pelo prefeito Rafael Greca (DEM) para março de 2019, a primeira linha de ônibus da Linha Verde, que ligaria o bairro Fanny à estação Fagundes Varela, teve a data de inauguração adiada duas vezes ano passado. Como as obras na Linha Verde seguem paradas, em vez de receber passageiros, a estação-tubo abriga mendigos.

O trecho da Linha Verde onde está a estação-tubo Fagundes Varela, que vai do bairro Tarumã ao Atuba, ainda não tem prazo para ser concluído. Em agosto de 2019, a prefeitura rompeu contrato com a empresa que executava as obras. Quatro meses depois, em dezembro de 2019, com a hashtag #AgoraVai, Greca chegou a anunciar pelo Facebook a retomada das obras entre os bairros Bacacheri e Atuba.

Após denúncia de depredação, prefeitura informou que irá reforçar patrulhamento da Guarda Municipal
Após denúncia de depredação, prefeitura informou que irá reforçar patrulhamento da Guarda Municipal| Gilson Klaina / Tribuna do Paraná

A instalação da estação-tubo começou em julho de 2018 com a ideia de integrar os ônibus Hugo Lange e Colina Verde, duas linhas convencionais sentido Bairro Alto/ Centro e o metropolitano Maracanã/Linha Verde, de Colombo. Como o serviço jamais saiu do papel, passageiros do transporte público estão sendo afetados diretamente, especialmente para quem tem como destino o Hospital Vita.

Aurea de Cássia Pacheco, 40 anos, trabalha como cuidadora de idosos e enfrenta dificuldades diárias para chegar ao hospital. “A gente se sente uma palhaça vendo isto aqui. Para atravessar é complicado e quanto ao ônibus fico até perdida. A sensação é de que não vai funcionar nunca”, desabafa a cuidadora.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) informou que as obras seguem paradas devido ao rompimento de contrato com a empresa que venceu a licitação no lote 3.1 da Linha Verde. O lote compreende o trecho que vai da altura da Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, até o cruzamento com a Rua Fagundes Varela, no Bacacheri.

No período, a empresa foi notificada 92 vezes pela SMOP por diversos motivos, sendo a maioria por não cumprir com o que estava no contrato, além de atrasos no cronograma e falhas de execução na obra. Atualmente, está sendo feito um levantamento completo do que já foi realizado e uma nova licitação será lançada para conclusão da obra.

Novo prazo para conclusão da Linha Verde foi empurrado para 2021
Novo prazo para conclusão da Linha Verde foi empurrado para 2021| Gilson Klaina / Tribuna do Paraná

Com respeito às estações-tubo, a prefeitura informa que a limpeza vai ser realizada e a Guarda Municipal reforçará o patrulhamento para coibir a ação de vândalos.

Além disto, a Fundação de Ação Social (FAS) segue enviando equipes para prestar atendimento caso encontrem moradores de dentro das estações.

Devido aos novos atrasos, a previsão de conclusão da Linha Verde, cuja obra começou em 2006, ainda na gestão de Beto Richa (PSDB) como prefeito, passou de 2020 para 2021.

Conteúdo editado por:Marcos Tosi
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