Após passar quase um ano em frente à Catedral de Curitiba, na Praça Tiradentes, a escultura do Cacique Tindiquera voltará ao seu local de origem, a Vilinha do Bairro Alto. O retorno será feito em comemoração ao aniversário de 325 anos de Curitiba, no fim de março, depois de solicitações de moradores do Bairro Alto - que não ficaram satisfeitos quando o prefeito Rafael Greca tirou o índio da região, em 2017. A Tiradentes, enquanto isso, deve ganhar uma outra estátua do cacique, feita exclusivamente para a praça.
A nova estátua do cacique será feita pelo mesmo artista que criou a obra original, mas, de acordo com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), não é uma réplica. Trata-se de uma obra diferente confeccionada ao longo do ano passado. Além do índio, a escultura também tem uma imagem de um lobo- guará.
A devolução da estátua original deve acontecer no dia 24 de março, às 11h, na Vilinha do Bairro Alto. Já o evento de colocação da nova obra acontece no dia 28 de março, na Praça Tiradentes. Segundo a FCC, a imagem da nova escultura não será divulgada até o dia do lançamento.
Intervenções no índio
Desde que chegou à Tiradentes, a estátua do Tindiquera é alvo constante de intervenções da população. Em julho do ano passado, em pleno inverno, a obra apareceu com uma blusa de lã - justamente em uma manhã que fazia 7ºC. Já em janeiro deste ano, foi a vez de um cigarro e uma garrafa de cachaça integrarem o visual da estátua.
Polêmica
A estátua foi assunto polêmico em março de 2017, quando o prefeito Rafael Greca decidiu tirá-la da Vilinha, no Bairro Alto, durante as comemorações de 324 anos de Curitiba. Segundo o Blog do Bessa, Greca teria dito que a peça estava abandonada e que no Centro poderia ser melhor cuidada.
Monumento histórico, a estátua remete ao índio que teria dado nome à capital paranaense. Tindiquera seria o responsável por indicar aos portugueses o local onde o povoado que deu origem a Curitiba seria instalado, usando a frase “Coré Etuba” - que significa “muito pinhão”.