Um jovem de 19 anos foi preso em flagrante por estupro de vulnerável no fim da noite de terça-feira (21) dentro do campus de uma universidade particular no Campo Comprido, em Curitiba. O rapaz é aluno da instituição e teria cometido o crime contra uma colega de turma, de 18 anos. Segundo a Polícia Militar (PM), os dois estavam embriagados e por isso foi o caso enquadrado como estupro de vulnerável, já que a vítima não tinha consciência do que ocorria. A Delegacia da Mulher da Polícia Civil investiga o caso.
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A ocorrência chegou à polícia pouco antes da meia-noite. O 23.° Batalhão da PM foi acionado pela equipe de segurança interna da universidade, depois que, a pedido do pai da aluna, os seguranças saíram em busca da jovem e a encontraram sem algumas peças de roupa ao lado rapaz – que também estava seminu. Os dois estavam próximos a um lago que fica dentro do campus e, ainda de acordo com a polícia, aparentavam estar alcoolizados.
À PM, já dentro de uma sala de um bloco da universidade, o jovem relatou que ele e a garota consumiram cerca de quatro garrafas da bebida alcoólica Corote. As embalagens estavam com o estudante. "Ele disse que tinha consumido apenas bebidas e que os colegas de sala poderiam confirmar. Depois disso [do consumo de álcool], segundo o que ele disse, os dois foram até um local mais afastado. Eles iriam ter relação sexual, mas não conseguiram porque o segurança chegou na hora. Ele afirmou que de forma alguma teve o ato em si", relatou o tenente Elivelton Rocha, do 23.° Batalhão da PM.
Apesar de ter negado a relação, o médico chamado para atender a garota teria dito à PM ter encontrado vestígios de violência, motivo pelo qual o jovem foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. "O médico disse que a menina estava em coma alcoólico e que havia indícios de que ela poderia realmente ter sido violentada. Ela realmente estava muito vulnerável", afirmou o tenente. "Estupro de vulnerável não é só com crianças, com quem tem alguma deficiência, mas também serve para aquelas pessoas que fizeram uso de substancias alcoólicas excessivas ou qualquer outra substância que venha a alterar a capacidade psicomotora da pessoa", explicou o policial.
Atendimento médico
Responsável pelo gerenciamento dos atendimentos prestados via Samu, a prefeitura de Curitiba confirmou um atendimento à 0h50 no Campo Comprido. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a garota recebeu o primeiro atendimento pelos profissionais do Samu e depois foi encaminhada a um hospital de referência da cidade. O estado de saúde da estudante não foi divulgado por ser informação de prontuário relacionado a um episódio que está em investigação policial.
Já o estudante foi encaminhado para a Delegacia da Mulher, que agora investiga o caso. Por se tratar de um inquérito que apura crime sexual, a Polícia Civil disse que todas as diligências correm em segredo de Justiça e que, por isso, nenhuma outra informação será concedida.
A universidade também se manifestou nesta quarta-feira (22). Em nota, a instituição se referiu ao caso como "incidente envolvendo dois alunos, colegas de turma" e acrescentou o fato de as autoridades competentes já estarem conduzindo as investigações.
Embora o episódio desta terça envolva dois estudantes – liberados para entrar no campus durante os horários permitidos –, a universidade respondeu que possui um forte sistema de segurança capaz de detectar qualquer situação atípica tanto da comunidade interna quanto de visitantes, "tanto que o incidente mencionado foi rapidamente identificado pela nossa equipe", informou a UP.
Ainda conforme a instituição, a estrutura de segurança é composta por vigilância terceirizada, equipe própria de segurança, câmeras de monitoramento, alarmes e controle de acesso de veículos - tudo coordenado por uma central própria de monitoramento e resposta de urgência, acessível inclusive por WhatsApp, 24 horas por dia.
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