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Gás de cozinha puxa a inflação de setembro em Brasília Cruzeiro, Brasília, DF, Brasil 13/10/2015 Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Com variação de 19,23% no valor do botijão, o gás de cozinha contribuiu diretamente para o aumento da inflação no Distrito Federal em setembro.
Gás de cozinha tem sido muito procurado em tempos de isolamento domiciliar.| Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

As distribuidoras de gás em Curitiba e região metropolitana seguem com problemas para atender a clientela durante a pandemia do coronavírus. O botijão de 13 kg, o mais utilizado em fogões residenciais, não é encontrado com facilidade nos bairros há mais de uma semana. Apesar do problema, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), garante que o abastecimento segue normal em todo o Brasil.

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A falta de gás já tinha sido verificada pela reportagem semana passada. Desde então, nada mudou. Nesta quinta-feira (2), foram contatados estabelecimentos nos bairros Novo Mundo, Xaxim e Pilarzinho em Curitiba: todos sem botijões para vender. Em estabelecimentos de Pinhais, na região metropolitana, a mesma coisa.

Hélio Alves de Lima, 40 anos, é responsável pela Distribuidora Lilão, no bairro Pilarzinho. Com 19 anos no ramo, o momento é de preocupação. “ O telefone não para e, infelizmente, não tem como atender. Não temos botijão cheio e, quando chega, vende em 40 minutos todo o nosso estoque. No último pedido, foram 100 botijões de 13 kg”, relata o comerciante.

Na hora da compra, muitas distribuidoras estão tentando limitar somente um botijão por pessoa. Comerciantes relatam que muitos clientes tentam comprar mais de um botijão alegando que para o pai ou avô – idosos são um dos principais grupos de risco de contágio da Covid-19 e por isso não devem sair de casa. “Tentamos ao máximo evitar isso. No entanto, como proibir esta situação? Não sabemos se é verdade ou mentira. A gente usa o bom senso sempre, analisado primeiro. Mas pedimos para quem tem botijão cheio em casa que não venha pegar. Pode prejudicar outra família”, ressaltou Hélio.

Preocupação

A ascensorista Eva de Fátima Romualdo, 46 anos, mora ao lado da distribuidora Lilão. Da janela de casa, ela vê o movimento constante de carros em busca de botijões. A maioria, segundo Eva, vai embora de mãos vazias. Em casa, Eva calcula que o botijão deva durar por mais um mês para ela e a mãe 82 anos. “Tenho medo de acabar, mas sei que posso esperar. Temos que ficar em casa e logo isso também vai normalizar. As pessoas precisam ter consciência disso”, comenta.

Distribuição e Revenda

Segundo a ANP, o abastecimento segue normal em todo o Brasil. Em nota, a agência esclarece que não há razão para corrida da população para estocar botijões em casa. O abastecimento, segundo a ANP, está ocorrendo em todo o país. No entanto, ressalta a nota, podem ocorrer problemas pontuais diante da situação de crise. A ANP monitora diariamente o mercado de combustíveis e está trabalhando para garantir o abastecimento, conclui o texto.

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