A família do menino encontrado em Cascavel, na região Oeste do Paraná, no dia 10 de outubro, foi identificada e localizada no Paraguai. As informações são do portal de notícias paraguaio ABC Color, que afirma que os familiares da criança são de San Pedro, cidade da região central do Paraguai, e moram em Ñemby, que fica na região da capital Assunção.
Quem identificou a criança foi o pai, que é paraguaio, tem 23 anos e mora na cidade de San Estanislao, no centro do país. Ele trabalhava na província de Chaco, no norte do país, e se surpreendeu com uma mensagem no aplicativo Whatsapp sobre o caso. Ao periódico de seu país, ele contou que não vive mais com a mãe da criança e que teria sido informado de que os dois foram ao Brasil em julho. Após a viagem, o homem não conseguiu mais contato com o filho ou com a mãe, que tem 17 anos.
Outro portal paraguaio, o Central Santa Rita, informa que a irmã da jovem, tia da criança, afirmou que a adolescente encontrada no Brasil é a mãe do menino. Segundo ela, que não teve o nome revelado, os dois estariam no país com a tia da adolescente de 17 aos, justamente a pessoa presa com os menores. À publicação, a mulher afirmou que não acredita que a irmã estivesse no Brasil para ‘vender’ o sobrinho.
Ela não soube explicar porque os dois estavam sem documentos, admitiu que a viagem foi feita sem o consentimento do pai do menino, mas afirma que eles vieram ao Brasil para visitar o país. A falta da documentação levou a polícia a desconfiar de tráfico internacional de pessoas.
Procurada, a Polícia Federal brasileira não deu informações sobre o caso até o fechamento da reportagem.
O caso
O menino foi encontrado em Cascavel, no dia 10 de outubro. Inicialmente, o caso foi tratado pela Polícia Civil como abandono de menor, e as investigações ficaram à cargo do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) da cidade. A criança, de pouco mais de um ano, não tinha documentos e não existia nenhuma queixa sobre seu desaparecimento no Brasil.
Na última quarta-feira (25), porém, o caso teve uma reviravolta após agentes da Polícia Federal prenderem em flagrante uma mulher que seria a responsável pela criança. Em sua casa, foi encontrada uma adolescente de 17 anos, de origem paraguaia, também sem os documentos.
Assim, a suspeita é de que a mulher integre um esquema de tráfico internacional de pessoas, e que a criança e a adolescente sejam vítimas. A Polícia Civil encaminhou o caso à Polícia Federal (PF), responsável por investigar crimes com repercussão internacional. A PF solicitou auxílio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para ajudar na identificação dos dois menores.
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