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Com  fortes ventos e chuva, as árvores podem danificar os prédios e trazer perigo aos moradores | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Com fortes ventos e chuva, as árvores podem danificar os prédios e trazer perigo aos moradores| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Árvores gigantes espalhadas pelas calçadas do bairro Água Verde, em Curitiba, têm alcançado o telhado e as janelas de diversas residências, preocupando moradores da região. Segundo eles, os galhos que caem dessas árvores obstruem as calhas, quebram vidros e telhas e ainda colocam pessoas em risco. “Um dos nossos apartamentos chegou a alagar completamente por causa da calha entupida. Era uma verdadeira cachoeira dentro de casa”, relatou a zeladora Rosimara dos Santos, 33, que trabalha em um edifício de cinco andares na Avenida Presidente Getúlio Vargas.

Segundo ela, o problema aconteceu porque os galhos da árvore localizada em frente ao condomínio cresceram muito, atingindo o telhado do prédio. “Todo ano é o mesmo problema porque a árvore encosta no nosso telhado e começa a causar estragos”. Além disso, esses galhos ficam bem próximos de alguns apartamentos. “Eles quase entram pelas janelas e, quando venta forte, isso é muito perigoso”, pontua.

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O comerciante Benedito Faria, síndico de um edifício da Avenida Água Verde - onde apartamentos de dois andares diferentes já foram invadidos pelos galhos - também se preocupa com o perigo que esses “invasores” trazem aos moradores. “Com tempestades, eles podem cair sobre carros, dentro dos apartamentos e até causar ferimentos. Não quero isso acontecendo aqui”, alertou. Por isso, registrou ama solicitação de poda na prefeitura de Curitiba pelo canal oficial 156 e aguarda resposta.

Na Travessa Capitão Clementino Paraná, a árvore já atingiu o telhado do prédioAniele Nascimento/Gazeta do Povo

“O problema é que a gente faz essa solicitação, eles informam que vão passar aos órgãos competentes, mas não nos respondem mais”, reclama a estudante de Direito Riviana Rucinski, de 44 anos. Síndica de um prédio de cinco pavimentos na Travessa Capitão Clementino Paraná, ela se preocupa com uma árvore bem alta que já atingiu o telhado. “Eu vivo subindo lá para tirar os galhos que caem e limpar a calha. A prefeitura não deixa nós podarmos por conta, mas também não nos atende. Aí fica difícil”, pontuou.

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De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, o caminho correto a se tomar em todos os casos citados é buscar o canal oficial da prefeitura, 156, e aguardar. Após o registro da solicitação, a equipe da secretaria avalia cada caso e analisa o que pode ser feito. O atendimento pode demorar até 45 dias entre a solicitação e a visita da equipe, principalmente em épocas de chuvas intensas, como as registradas no mês de janeiro.

Árvores muito antigas

A preocupação da prefeitura é de que as podas realizadas pelos moradores comprometam a estrutura da árvore. No entanto, Riviana garante que a maioria das árvores do bairro já correm esse risco . “Essas árvores na frente do nosso prédio, por exemplo, parecem estar podres porque os pedaços do casco caem ao você encostar no tronco”, relatou. Por isso, ela solicita que a secretaria dê atenção a esses casos. “As árvores daqui são enormes. Já pensou se uma delas cai?”, questiona.

Moradora mostra o tronco de uma árvore se despedaçando na Travessa Capitão Clementino ParanáAniele Nascimento/Gazeta do Povo

A preocupação do motorista Geraldo Vieira, 55, é a mesma. Funcionário de uma empresa localizada na Avenida Água Verde, ele trafega diariamente pelas ruas arborizadas da região e tem medo de se tornar vítima de um acidente como o registrado no bairro Rebouças, em janeiro. Na ocasião, três carros foram atingidos por uma árvore perto do cruzamento entre as avenidas Presidente Kennedy e Marechal Floriano. “Nossas árvores já são velhas. Qualquer vento mais forte pode causar um acidente grave por aqui”, disse.

Quanto à preocupação, a Secretaria de Meio Ambiente informa que realiza vistorias em toda a cidade, mas garante que não é possível acompanhar de perto as mais de 300 mil árvores espalhadas por Curitiba. Por isso, é importante que os moradores auxiliem a pasta, realizando uma solicitação pelo telefone 156 para que a equipe técnica avalie o caso.

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