Mais de 200 golfinhos são avistados durante monitoramento na costa do Paraná

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Centenas de golfinhos do tipo boto-cinza — 200 adultos e 25 filhotes — foram avistados, ao longo desta semana, na costa do Paraná. Os animais foram encontrados durante uma monitoramento da água feita por um especialista, à serviço da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), para cumprimento das exigências ambientais de funcionamento dos portos.

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Os golfinhos monitorados são apenas parte da população total do Litoral do PR, que hoje está estimada entre 320 e 460 animais. Segundo o biólogo Fernando Augusto Hardt, que é responsável pelo monitoramento, o objetivo da tarefa é estimar a densidade populacional da espécie para avaliar a qualidade ambiental da região.

Isso porque os animais estão expostos a diversos impactos, como poluição, tráfego de embarcações de todos os portes e atividade pesqueira. Entre as principais preocupações com a espécie, está o fato de que se trata de mamíferos, que precisam respirar. “Sem respirar eles podem morrer afogados. É o que acontece quando eles se emaranham nas redes de pesca”, alerta o especialista.

A existência dos golfinhos, segundo o biólogo, é um bom indicativo não apenas para a própria espécie dos botos-cinza. Por estarem no topo da cadeia alimentar dos oceanos, eles acabam mostrando que existem animais que servem como suas presas vivendo na região, e consequentemente as presas dessas presas.

De acordo com a APPA, esse tipo de mapeamento é feito a cada três meses. O biólogo contratado para a tarefa é responsável por tirar fotos de todos os golfinhos que encontra na costa, além de registrar as coordenadas geográficas do local dos achados. Posteriormente, essas imagens são analisadas e cada golfinho é identificado. “Os animais possuem marcas naturais na nadadeira dorsal e através dessa marca conseguimos identificar individualmente cada um deles”, afirma Hardt.

Programa de monitoramento

Além dos botos, golfinhos e tartarugas, o Programa de Monitoramento da Biota Aquática e Biondicadores também acompanha os plânctons, bentos, peixes, camarões, siris e caranguejos e as aves.