• Carregando...
Endereço da Catedral e do marco zero curitibano, a praça sofre com a sujeira e a venda e consumo de drogas | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Endereço da Catedral e do marco zero curitibano, a praça sofre com a sujeira e a venda e consumo de drogas| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A insegurança e a falta de manutenção fazem com a sensação de abandono afaste o público da Praça Tiradentes, um dos principais pontos históricos de Curitiba, a pouco menos de um mês da comemoração de 325 anos da cidade, no dia 29 de março. Endereço da Catedral e do marco zero curitibano, a praça sofre com a sujeira e a venda e consumo de drogas. O que afasta não só os moradores de desfrutar o espaço público, mas também os turistas.

Leia também: Trecho aberto para Ligeirão passar na Praça do Japão já está sendo asfaltado

Em 2008, a praça ganhou um espaço exclusivo com calçadas de vidro, nas quais os pedestres podem avistar um pouco da história da cidade. Durante as escavações para reforma do passeio em 2006, foram encontrados trechos de uma calçada central que, segundo arqueólogos, é da segunda metade do século 19, do período do Império, quando a Tiradentes ainda se chamava Largo da Matriz. O piso de vidro é para permitir a visão do caminho de pedras de mais de 200 anos, mas a sujeira praticamente impede que isso seja feito.

Um gari que trabalha na região revela que a prefeitura deixou de enviar um funcionário para limpar o piso há mais de um ano. Desde então, as reclamações com o monumento são frequentes. De resultado, a única coisa que pode ser vista em uma das joias arqueológicas da cidade é o crescimento da vegetação em cima dela.

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Para a agente de viagens Lenita Goulart, 45 anos, o problema da Tiradentes é a falta de segurança. Ela trabalha diariamente no local e ressalta o constante assédio de moradores de ruas aos pedestres e visitantes, o que afasta turistas justamente do coração da cidade. “Os turistas veem a quantidade de moradores de rua e das pessoas que ficam ali e têm medo porque são abordados. Por isso eles ficam mais afastados e apreensivos”, conta.

O taxista Luiz Carlos Kubitzki, 65 anos, revela que a situação se agravou nos últimos anos.Trabalhando no ponto da Praça Tiradentes há 22 anos, ele enfatiza que, ao menor vacilo dos pedestres, os ladrões agem. “Se tiver a oportunidade, esse pessoal rouba celular ou outras coisas, além de trazer droga para a região”, revela o taxista.

Leia também: Ponte do Parque Tingui é reaberta com promessa de estrutura de concreto para 2019

Kubitzki enfatiza que essa situação atrapalha a aparência de Curitiba para o turista, em especial o Centro da cidade, bairro campeão de roubos em Curitiba em 2017 . “O maior problema é que a prefeitura ainda não se conscientizou que os turistas se sentem constrangidos de ir até o meio da praça, onde podem ver a calçada de vidro, em função desse comércio ilegal”, critica.

Outro lado

Atualmente, a Guarda Municipal de Curitiba conta com uma viatura na Praça Tiradentes durante o dia. Neste início de ano, foram registradas mais de 60 ocorrências no local. Entre os casos, os mais frequentes são roubos, tráfico de drogas, uso de entorpecente e perturbação do sossego. A Praça Tiradentes também é alvo constante das ações de fiscalização conjuntas e entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar. A prefeitura ainda ressalta que reclamações devem ser feitas pela Central 156, canal em que a administração municipal possa registrar e melhorar os processos necessários.

Sobre a limpeza da calçada de vidro, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) afirma que a Praça Tiradentes é um dos um dos logradouros atendidos nas ações de lavagem de logradouros públicos, como o calçadão da Rua XV de Novembro. A próxima limpeza na Tiradentes está marcada para a semana que vem, dia 6 de março.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]