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Mulher veio de Almirante Tamandaré e passou mal depois de não conseguir atendimento em duas agências da capital | Reprodução/Google
Mulher veio de Almirante Tamandaré e passou mal depois de não conseguir atendimento em duas agências da capital| Foto: Reprodução/Google

Uma mulher de 48 anos que vive imobilizada em uma cama precisou passar por duas unidades do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no Centro de Curitiba e esperar por mais de 3 horas para garantir atendimento. Sem conseguir andar ou sentar, Maria Luiza Alves teve a perícia domiciliar negada e precisou ir de maca, com a filha, tentar o atendimento presencial. O caso aconteceu na última sexta-feira (3). No entanto, a dificuldade para a realizar o procedimento foi tanta que a mulher sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi internada em estado grave no Hospital do Rocio, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Segundo a filha Thaiane Teresa Alves, ela e a mãe aguardaram por cerca de três horas até que elas conseguissem realizar a perícia. Moradoras de Almirante Tamandaré, na RMC, elas tentaram agendar a perícia domiciliar, mas sem sucesso. “No dia 13 de julho, eu cheguei lá com todos os laudos e atestados para fazer o agendamento, mas a justificativa da atendente foi que os médicos estariam de férias e que ou eu levava ela ou perdia o benefício”, conta Thaiane. “Por isso eu marquei a perícia presencial. Nunca imaginei que a perícia fosse negada”. Antes disso, na semana anterior, elas já haviam tentado marcar uma perícia hospitalar, mas também sem sucesso.

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Assim, na sexta-feira, a primeira investida foi na agência na Rua Cândido Lopes, onde a filha foi informada pelos funcionários que a mãe teria que entrar de cadeira de rodas e que não havia médicos para atendê-la. Indignada,ela reforçou que a mãe não tinha condições de subir e, desta vez, foi informada que a maca não passava pelo elevador. Depois de muito questionar, Thaiane foi orientada a seguir para a agência da Visconde de Guarapuava, onde receberia o atendimento da perícia no térreo. No entanto, ao chegar lá, as duas passaram por um novo transtorno. A equipe não sabia do caso e elas aguardaram o impasse por mais duas horas. A situação só foi se resolver quando uma médica se compadeceu da situação e atendeu a mulher.

Ainda assim, por causa de todo o estresse, Thaiane conta que a mãe sofreu um AVC após esse atendimento médico, enquanto voltava para Almirante Tamandaré dentro de uma ambulância do município. Segundo a filha, este é o quinto AVC da mãe e que, por isso, seu estado de saúde é bastante delicado. Ela diz que vai abrir denúncia no Ministério Público e que considerou toda a situação humilhante. “Não tenho nem palavras para descrever toda humilhação e todo o descaso que fizeram com a minha mãe”, desabafa. “Eles frisam sempre como se eu tivesse pedido à perícia na ambulância, mas não foi assim”.

Desde o início, todo o caso foi gravado pela filha em imagens e áudios. Beneficiária do INSS há nove meses, Maria Luiza depende do auxílio para se manter.

Outro lado

Em nota, o INSS destacou que a perícia domiciliar não foi solicitada pela filha de Maria Luiza e que a agência onde ela tentou atendimento não possui estrutura para esse tipo de atendimento. Confira o exto na íntegra.

“O INSS informa que em nenhum momento foi solicitado pela filha da segurada uma perícia domiciliar. No mês de julho, a filha Teresa Mariano compareceu à Agência da Previdência Social (APS) Cândido Lopes, em Curitiba, solicitando um encaixe para que a perícia de sua mãe, Maria Luiza Alves, fosse realizada na capital curitibana, tendo em vista o seu agendamento na APS Tietê, em São Paulo, onde mantinha o benefício.

A filha da segurada solicitou a remarcação da perícia para o dia 03 de agosto. A segurada Maria Luiza Alves chegou de maca em ambulância, mas a agência não dispõe de estrutura para atendimento nessas situações. A filha foi informada e o INSS prontamente a encaixou para atendimento na APS Visconde de Guarapuava, por meio da solicitação da APS Cândido Lopes ao Serviço de Saúde do Trabalhador da Gerência Executiva do INSS em Curitiba, que agilizou o atendimento da segurada, para aquela unidade. Lá, ela foi devidamente atendida por um perito médico”.

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