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Em cima, projeto do terminal viaduto, integrante do trinário na Marechal Floriano. Abaixo, a esquerda, projeto do terminal Hauer, e a direita do terminal Tatuquara. | Divulgação/Ippuc
Em cima, projeto do terminal viaduto, integrante do trinário na Marechal Floriano. Abaixo, a esquerda, projeto do terminal Hauer, e a direita do terminal Tatuquara.| Foto: Divulgação/Ippuc

Dos 21 terminais de ônibus de Curitiba, a prefeitura planeja reformar ou reconstruir cinco e erguer do zero outros quatro nos próximos anos. O prefeito Rafael Greca (PMN) já anunciou todas essas obras - algumas delas, inclusive, são de gestões anteriores. Mesmo assim, não há como precisar quando estarão prontas. O novo Terminal do Tatuquara, por exemplo, teve o primeiro edital para construção aberto em novembro de 2014, pelo então prefeito Gustavo Fruet (PDT), com promessa de entrega para o começo de 2016. Nada feito. Em novembro de 2017, uma nova previsão de início das obras foi lançada para começo de 2018 – o que não aconteceu.

A explicação do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) para a dificuldade em concluir os planos é mais ou menos a mesma em todos os casos: a burocracia e os prazos das obras públicas. Enquanto isso, continua a estagnação da estrutura do transporte curitibano, problema escancarado no Terminal do Capão da Imbuia, por exemplo, que há tempos não comporta os 39 mil passageiros que passam por lá todos os meses.

Construído em 1982, o Capão da Imbuia é justamente o mais recente terminal no alvo das reformas do prefeito Rafael Greca (PMN): o município anunciou no começo de maio que vai buscar junto ao governo federal R$ 30 milhões para construir a nova estrutura um pouco mais à frente da atual, anexa à Rua da Cidadania do Cajuru.

Segundo o Ippuc, o sistema para construir ou reformar terminais segue o Estatuto das Licitações e Contratos, a Lei nº 8.666/1993. Ela determina que antes de chegar à fase de obras, todos os terminais de transporte público passem por, no mínimo, outras três etapas. Entre uma e outra são três meses, às vezes um ano de prazos concedidos, exigidos, e muitas vezes atrasados, o que leva a situações como a da reforma do Terminal do Santa Cândida, cuja promessa de conclusão era para a Copa do Mundo de 2014. Após mais dois anos parada, a reforma do Santa Cândida foi retomada no início de maio, às vésperas do mundial de 2018.

Em termos práticos, cada uma das oito obras previstas para os terminais tem suas especificidades e encontra-se em uma fase distinta na trilha para tornar os planos realidade. Conheça cada uma delas:

Terminal do Tatuquara

Tipo da obra: terminal novo | Status: aguardando homologação pelo Ministério das Cidades

Divulgação/Ippuc

O novo terminal promete desafogar o transporte da região Sul de Curitiba – que hoje é concentrado no terminal do Pinheirinho, o maior da cidade. A estrutura deve ser a ponte de integração entre 10 linhas alimentadoras com a Linha Verde e diretamente com a região central. O terreno fica ao lado da Rua da Cidadania da região, onde será incluido bicicletário, sanitários e lanchonetes.

Apesar do custo total da obra ser de R$ 8,8 milhões, que sairão do Orçamento Geral da União (OGU), a cidade ainda tem de arcar com outros R$ 10 milhões em obras de contrapartida. O projeto é antigo. O primeiro edital para construção do terminal foi aberto em novembro de 2014, pelo então prefeito Gustavo Fruet, com promessa de entrega para o começo de 2016. Em novembro de 2017, uma nova previsão de início das obras foi lançada para começo de 2018 – o que não foi feito.

Segundo o Ippuc, a demora acontece porque o projeto já está aprovado pela Caixa Econômica Federal, mas ainda é aguardada homologação, pelo Ministério das Cidades, da Síntese de Projeto Aprovado (SPA) necessária para a licitação das obras. Somente com a SPA homologada é que será possível elaborar o edital de licitação e publicá-lo. 

Terminal da Vila Oficinas

Tipo da obra: reforma | Status: aguardando licitação da obra

Apesar de ser o mais novo terminal da cidade, inaugurado no ano 2000, esse terminal não tem ponto de parada para as linhas diretas da cidade, os chamados ligeirinhos. Justamente para atender essa demanda, está prevista uma reforma. Por meio de nova pavimentação e plataformas de embarque, a obra irá permitir a ligação do bairro Cajuru, onde se encontra, com um novo ligeirinho, cujo ponto final deve ser a praça Tiradentes.

O Ippuc afirma que o projeto já tem a aprovação da Caixa Econômica Federal e o investimento será R$ 1,6 milhão, com recursos do OGU que integram o PAC da Mobilidade. A SPA já foi homologada pelo Ministério das Cidades e está na fase de preparação do edital de licitação.

Terminal do Hauer

Tipo da obra:reconstrução | Status: aguardando aprovação da Caixa Econômica Federal

Divulgação/Ippuc

No Hauer, uma reconstrução deve melhorar o atendimento de linhas como Inter 2 e Ligeirão Boqueirão, que hoje compartilham plataformas de embarque e desembarque.

O plano é subir a capacidade atual de atendimento, que é de 13 linhas, para 23 linhas. A mudança também prevê a transformação da estrutura em sustentável, com cisterna de captação para reaproveitamento da água da chuva, por exemplo. Serão três níveis construídos, interligados por escada rolantes, escadas fixas e elevadores. O local deverá ter, ainda, um bicicletário com capacidade para 108 bicicletas e estrutura para ciclistas.

Com custo de R$ 20,5 milhões, o projeto está em fase de aprovação pela Caixa Econômica Federal. Uma vez aprovado pela Caixa seguirá o trâmite de homologação da SPA pelo Ministério das Cidades para que seja possível publicar o edital de licitação da obra. Não há previsão para conclusão.

Terminal do Campina do Siqueira

Tipo da obra:reconstrução | Status: aguardando aprovação da Caixa Econômica Federal

Depois de ter tido o caixa eletrônico explodido por assaltantes às vésperas do Natal de 2017, uma reforma no terminal do Campina do Siqueira se tornou mais necessária do que nunca. Mais do que isso, porém, a prefeitura promete uma reconstrução de toda a estrutura, que além de ser ampliada deverá ter ligações com escadas rolantes – uma novidade nos terminais do transporte curitibano. Outro diferencial do espaço será o local para estacionamento de 108 bicicletas, vestiários, sanitários, guarda-volumes e serviços de reparos para bikes.

O projeto está em fase de aprovação pela Caixa Econômica Federal. Uma vez aprovado pela Caixa seguirá o trâmite de homologação da Síntese de Projeto Aprovado (SPA) pelo Ministério das Cidades para que seja possível publicar o edital de licitação da obra. Serão R$18,5 milhões em investimentos, que devem dar conta de aumentar a capacidade do local, que hoje recebe 11 linhas, para 19 linhas. Não há previsão para conclusão do projeto.

Terminal do Santa Cândida

Tipo da obra:reforma | Status: aguardando retomada da obra

Depois de dois anos parada, foi assinada no dia 2 de maio a autorização da retomada das obras de reforma e ampliação do local, paradas desde 2016, após a gestão anterior encerrar o contrato com a empresa ganhadora da licitação. A obra de complementação dos serviços será executada pela Viaplan Engenharia Ltda., pelo valor de R$ 3,7 milhões.

Entre as melhorias, está a construção de uma plataforma metálica para o recém-inaugurado Ligeirão Santa Cândida / Praça do Japão, além de outros pavimentação, calçadas, ampliação dos telhados, revestimento de piso e instalação semafórica. A área subterrânea destinada às lojas do local deve ser acabada e a Urbs fará uma nova licitação para definir os futuros lojistas. O terminal deve ficar pronto somente nos últimos meses de 2018.

Atual Terminal do Capão da Imbuia

Tipo da obra: reforma | Status: aguardando licitação

Inaugurado em 1982, o terminal em operação é um dos mais defasados da cidade, pequeno para atender as seis linhas de ônibus que transportam 39 mil passageiros por dia. Ele será ampliado. A prefeitura já tem os R$ 2 milhões aprovados pela Caixa Econômica Federal para adequar o terminal existente. Ele deverá receber o futuro ligeirinho que fará a ligação ao Centro da cidade, na Praça Tiradentes. Porém, não há previsão para quando a obra deve acontecer.

Novo Terminal do Capão da Imbuia

Tipo da obra: novo terminal | Status: aguardando projeto arquitetônico

O novo terminal do Capão da Imbuia, enquanto isso, tem questões mais complexas envolvidas – como a necessidade de desapropriações de imóveis da região. Por isso, ainda é um projeto a longo prazo, para o qual ainda estão sendo buscados recursos. Além do financiamento do projeto, orçado em R$ 800 mil, há o custo total estimado para a construção:R$ 30 milhões, dos quais R$ 20 milhões para as obras e outros R$ 10 milhões em desapropriações. Ainda não há financiamento previsto.

O novo endereço será próximo ao antigo, e à Rua da Cidadania do Cajuru. Ali, o espaço contará com três plataformas, sendo duas destinadas aos biarticulados e às Linhas Diretas, e a terceira para as linhas alimentadoras. A estrutura do terminal antigo servirá de suporte no período de execução da obra, mas quando o novo local entrar em operação, haverá uma readequação das linhas.

Estação viaduto/Marechal Floriano

Tipo da obra: novo terminal | Status: aguardando licitação para elaboração de projeto

Divulgação

O viaduto avenida Marechal Floriano, será a via central de um sistema trinário, destinado aos pedestres, ciclistas e aos ônibus, criando integração tarifária entre as linhas que utilizam o eixo da Linha Verde e o eixo Boqueirão. A nova estação no viaduto possibilitará a integração de sete linhas de transporte que transportam em média 220 mil passageiros por dia. As obras fazem parte do conjunto de transposições da Linha Verde com financiamento do governo do Estado e contrapartida da Prefeitura. 

Além do trinário de viadutos no pacote de transposições também há duas trincheiras próximas da Estação São Pedro. O investimento em todo o conjunto de obras está estimado em R$ 116 milhões, sendo 89 milhões em recursos do Estado e a diferença como contrapartida do município. O início da implantação deverá acontecer em 2020.

Terminal Viaduto do Tarumã

Prefeitura de Curitiba

Um projeto de reforma do viaduto do Tarumã, na Linha Verde, irá transformá-lo em um viaduto triplo. Além de desafogar o trânsito na Linha Verde e na Avenida Victor Ferreira do Amaral, assim como a obra do viaduto do Boqueirão, também terá um terminal de integração das linhas de ônibus do transporte metropolitano na altura do Colégio Militar.

A obra faz parte da revitalização da Linha Verde Norte. Na parte de cima, o viaduto será alargado para a passagem de mais carros, além dos ônibus biarticulados do Ligeirão Leste/Oeste. Aproveitando a ampliação do vão do viaduto, será construído um terminal de ônibus ligando as linhas da Victor Ferreira com as da Linha Verde.Na parte de baixo do viaduto, uma nova trincheira será construída para desafogar o trânsito da Victor Ferreira do Amaral e o acesso à Linha Verde nas imediações do Colégio Militar do Exército.

A licitação da obra no viaduto está prevista para a primeira quinzena de agosto. A verba foi liberada pelo Ministério das Cidades no dia 10 de maio. O valor para a obra do viaduto é de R$ 31,9 milhões.

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