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| Foto: Ivolnaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo

Um pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveu um aplicativo que ajuda médicos a diagnosticar o diabetes mellitus gestacional (DMG), uma variação da doença que pode tornar gestantes intolerantes a carboidratos. O software é o resultado do trabalho de doutorado em Ciências Farmacêuticas do biólogo Waldermar Volanski e pretende facilitar a vida dos profissionais de saúde a diferenciar se a diabetes identificada durante uma gravidez é realmente a DMG ou uma condição pré-existente que a paciente desconhecia.

De acordo com o pesquisador, a ideia do app é criar uma ferramenta que fosse bastante simples, justamente para evitar erros de diagnóstico. “O diabetes gestacional é a doença mais comum em gestantes e fácil de tratar, mas quando não é tratada traz várias consequências. Ao mesmo tempo, para os profissionais de saúde, são muitos números para analisar e dar o diagnóstico. Com esse aplicativo isso fica muito mais fácil”, explica.

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Assim, o profissional pega dados de exames pré-natais da gestante e joga no aplicativo, que ganhou o nome de d-GDM. O software então avalia parâmetros como glicemia, hemoglobina glicada e glicemia aleatória, entre outros, e combina os resultados, informando ao médico o diagnóstico. O app utiliza parâmetros da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Sociedade Americana de Diabetes, que são reconhecidos no país e internacionalmente.

Durante suas pesquisas, que levaram 3 anos até a fase de validação do projeto, Volanski diz que não encontrou nenhum software parecido com o d-GDM voltado para médicos e que usasse os parâmetros regulamentados. O aplicativo atualmente está disponível para celulares com Android (na Google Play Store) e também em uma versão web, que pode ser utilizada em computadores ou iPhones.

Tratamento

Segundo Volanski, o tratamento da diabetes gestacional consiste basicamente em fazer exercícios físicos regulares de baixa intensidade e manter uma dieta controlada. “Fazendo isso, a maioria das mulheres tem a uma gestação normal, mas para uma pequena parte delas o tratamento não funcionará e terão que tomar insulina, para controlar os níveis de glicose”, explica.

Caso a paciente fique sem tratamento ou não consiga manter a glicose sob controle, poderá ter problemas de pressão alta e até ter o parto prematuro. Além disso, o bebê pode ter crescimento acentuado, nascendo grande e fraco, com hipoglicemia. Em casos extremos, o bebê pode até morrer. O diabetes sem controle também pode levar mãe e criança, no futuro, a desenvolverem doenças metabólicas.

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