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Os sinais da ressaca que castigou o litoral do Paraná no final do ano passado já não eram mais percebidos facilmente pelos turistas neste feriadão.   | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Os sinais da ressaca que castigou o litoral do Paraná no final do ano passado já não eram mais percebidos facilmente pelos turistas neste feriadão.  | Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O tempo ensolarado e quente ajudou a lotar as praias do Litoral paranaense neste feriado prolongado de 7 de setembro. Em Matinhos e Guaratuba, o movimento dos banhistas nas ruas e na orla das praias deu ares de temporada à região. O fluxo maior ficou na praia central de Guaratuba, onde não encontrar lugar para estacionar o veículo ou colocar um guarda-sol na areia se tornou uma tarefa difícil nesta sexta-feira (8).

“Acho que o sol ajudou bastante, por isso as pessoas resolveram descer para cá. Tem mais movimento do esperávamos para a época”, comenta a vendedora de água de coco Edina Fernandes, de 45 anos.

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Quem esperava lucrar, no entanto, com essa descida dos turistas vai ter de esperar até o início do verão, em dezembro, para tentar recuperar as vendas. É o caso do pescador Adélio Correia Pinto, 55, que trabalha no mercado do peixe em Matinhos. “Por mais que venha gente, as pessoas não estão comprando, só olhando”, relata. 

Muita gente olhando, e poucas pessoas comprando de verdade no mercado de peixe de Matinhos.Gazeta do Povo

No estande da comerciante Margarete Matias Leal, 43, ela já contabilizava 40% a menos de vendas que no mesmo período do ano passado. “Mas, com essa crise, já era algo que era esperado acontecer”, pontua. Ela acredita que, mesmo com mais alguns feriados até o fim do ano, o volume de turistas dispostos a comprar peixes e frutos do mar vai aumentar só depois de 1º de janeiro.

Em Caiobá, na Praia Mansa, comerciantes que atuam em quiosques têm, inclusive, baixado o preço dos produtos para tentar garantir um número maior de vendas. Há 19 anos no mesmo ponto, Elielza Bispo dos Santos, 57, não só faz isso como deixa os valores em letras grandes na frente da barraca, a fim de chamar a atenção. Um churros que custa R$ 8, por exemplo, ela tem vendido por R$ 5. “Quem veio para praia está pesquisando muito, indo atrás do preço mais barato. É por isso que já deixo bem estampado, para que vejam e comprem comigo”, explica.

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Infraestrutura recuperada

Os sinais da ressaca que castigou o litoral do Paraná no final do ano passado já não eram mais percebidos facilmente pelos turistas neste feriadão. No Pico de Matinhos, uma das áreas atingidas pelas ondas, reparos foram feitos no trecho que dá acesso ao local. 

Além disso, as obras que estavam em curso no calçadão da orla de Caiobá também ficaram prontas. Agora, quem caminha por ali encontra pergolados com bancos para descansar e banheiros. “A infraestrutura está melhor que de outras praias do estado. Nós tínhamos imóvel em Shangri-lá, por exemplo, e não íamos muito para lá. Já aqui dá vontade de vir todo fim de semana”, comenta a empresária Simone Stanski, 40 anos, de Balsa Nova.

De Cascavel, a aposentada Terez Rosa, 67, também estava com a família em Caiobá e gostou das melhorias que encontrou. “A orla está muito bonita, ficou muito bom”, diz.  

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