Sem hidrante, bombeiros usam balde para conter incêndio no Centro de Curitiba

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Um princípio de incêndio por pouco não se transformou numa grande tragédia no Centro de Curitiba na noite desta quinta-feira (20). O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater um foco no telhado do edifício Zoller Building Center, prédio histórico na Rua Coronel Menna Barreto Monclaro, esquina com a Rua Brigadeiro Franco. Ao chegarem ao local, os bombeiros constataram que o sistema de hidrantes do edifício não estava funcionando.

O prédio, mantido pela Construtura Zoller há 21 anos, é conhecido por ter sido o Curitiba Outlet Center de 1993 a 1997 e será sede da edição 2019 da Casa Cor Paraná.

De acordo com o sargento Vagner dos Santos Batista, foi preciso habilidade para chegar até o local. Por sorte o foco de chamas era pequeno. “Chegamos no teto e tinha vários exaustores. Num deles ocorreu esse princípio de incêndio. Utilizamos alguns extintores, mas a rede de hidrante não estava funcionando, não tinha nem registro. Então usamos um balde”, explicou.

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O problema poderia ter sido muito mais grave pela falta dos equipamentos anti-chamas. “A dificuldade ia ser bem maior, pois o hidrante de recalque estava sem registro. A dica é sempre verificar as condições destes equipamentos”, aconselha o sargento.

Por estar fechado há muito tempo, os bombeiros tiveram problemas para acessar o local onde estava começando o incêndio e se colocaram em risco para efetuar o serviço. “Tivemos que subir no teto, por sorte as telhas eram fortes e dava para caminhar. Mas devido a estar abandonado, com pouco iluminação, estávamos apenas com lanterna e passamos bem perto de um vão sem saber”, comentou.

O que dizem a construtora e a Casa Cor

O empresário Rodrigo Zoller, um dos sócios da construtora mantenedora do edifício, disse que a Casa Cor é responsável pelo imóvel desde agosto deste ano. Segundo ele, até essa data a empresa manteve em dia a manutenção. Disse ainda que o registro do hidrante de recalque (que fica na rua) já foi furtado em outras ocasiões e que não tem dúvidas de que a organização do evento tratará das questões de segurança do prédio.

Em nota, a assessoria da Casa Cor afirmou que o foco de incêndio começou por causa do aquecimento de um cano do exaustor, dentro de uma antiga chaminé do sistema de ventilação natural do prédio, na área do ático superior. O incidente não altera o cronograma do evento previsto para março e, a partir do mês que vem, começam as obras estruturais, como: elétrica, hidráulica, lavagem do prédio, obras civis e obras de prevenção de incêndio. A Casa Cor ressaltou ainda que trabalha dentro de prazos e cumpre rigorosamente todos os trâmites e exigências dos órgãos públicos.

Exigência varia de acordo com a idade do imóvel

Manter os equipamentos em dia e os funcionários treinados é fundamental para garantir não apenas a segurança do imóvel, mas a vida de seus moradores. O primeiro ponto a ser analisado é se o prédio conta com os equipamentos mínimos necessários para a sinalização e combate ao incêndio. Eles variam de acordo com diversos fatores, como a área do condomínio e a idade da construção, mas que os itens básicos obrigatórios contemplam extintores, brigada de incêndio, iluminação e sinalização de emergência – com placas fotoluminescentes, que brilham no escuro. Tais itens devem estar presentes tanto em construções novas como nas antigas.

Todos os equipamentos devem passar por manutenções periódicas para garantir seu pleno funcionamento em caso de necessidade. Extintores e mangueiras devem ser revisados anualmente para recarga e verificação da inexistência de furos, respectivamente. A cada cinco anos os extintores ainda passam pelo reteste dos vasilhames.