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A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (2), no Tribunal do Júri da capital.
A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (2), no Tribunal do Júri da capital.| Foto: Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo

Sete pessoas foram condenadas por espancarem dois homossexuais e espalharem adesivos racistas e homofóbicos por Curitiba, em 2005. A decisão foi dada nesta sexta-feira (2) após o julgamento no Tribunal do Júri da capital. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), eles integravam uma quadrilha de skinheads. Veja as penas:

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André Lipnharski - 8 anos, seis meses e 15 dias de reclusão por associação criminosa armada, racismo e discriminação lesão corporal gravíssima;

Anderson Marondes de Souza - 7 anos e dois meses de reclusão por lesão corporal gravíssima, associação criminosa armada e racismo e discriminação;

Raul Astutte Filho - 6 anos, seis meses e sete dias de reclusão por associação criminosa armada e lesão corporal gravíssima;

Fernanda Kelly Sens - 2 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão por associação criminosa armada e racismo e discriminação;

Drahomiro Michel Carvalho - 2 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão por associação criminosa armada e racismo e discriminação;

Bruno Paese Fadel - 1 ano, seis meses e 22 dias de reclusão por associação criminosa armada;

Estela Herman Heise - 1 ano, seis meses e 22 dias de reclusão por associação criminosa armada.

O que dizem as defesas:

A advogada Thaise Mattar Assad defende André Lipnharski e disse que irá recorrer da decisão, para que haja redução da pena e cumprimento da mesma em liberdade.

A defesa Estela Herman Heise e Raul Astutte Filho também se mostrou contrária a decisão da Justiça e irá recorrer. “Vou entrar com um recurso de apelação, isso é um absurdo. O juiz dá uma pena por lesão corporal gravíssima alta quando o réu é reincidente. O meu cliente não tem quase nenhum desfavorável”, disse o advogado de defesa Álvaro Borges Júnior.

Já o advogado Pedro Octávio Gomes de Oliveira, defensor de Bruno Paese Fadel, da não irá recorrer da decisão.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais réus.

Entenda o caso

Em 2005, uma investigação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) concluiu que seis de um grupo de 15 skinheads tentaram assassinar, em uma mesma noite, dois homossexuais a facadas uma semana depois de terem espalhado adesivos com frases racistas e homofóbicas pela região central de Curitiba.

O MP-PR ofereceu denúncia cerca de 15 dias depois a sete integrantes do grupo, elencando os crimes de espancamento, seguido de tentativa de assassinato contra os dois rapazes, além de práticas racistas, formação de quadrilha e incitação ao nazismo.

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