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Carlos Eduardo dos Santos em Curitiba para dar esclarecimentos da morte da menina Rachel Genofre
Carlos Eduardo dos Santos em Curitiba para dar esclarecimentos da morte da menina Rachel Genofre| Foto: Mellanie Anversa / Gazeta do Povo

Carlos Eduardo dos Santos, 54 anos, suspeito de matar de Rachel Genofre, cujo corpo foi encontrado com sinais de estupro em uma mala na rodoviária de Curitiba em 2008, buscava conteúdo com exploração sexual infantil na internet. Essa é a suspeita da Polícia Civil que, nesta segunda-feira (28), divulgou o laudo da análise feita no computador do homem apontado como o assassino da menina.

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A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontrou pelo menos um direcionamento para um link com conteúdo sexual infantil e uma busca por uma frase também com o mesmo sentido. Além disso, a perícia também achou fragmentos de páginas da internet dentro do arquivo de memória virtual do computador, que continuam outros termos, como palavras-chave, usualmente relacionados à pornografia.

As informações encontradas pela perícia foram acrescentadas ao inquérito e vão ajudar a Polícia Civil a detalhar ainda mais o perfil de Santos. Pela ficha criminal, o homem praticou ao menos cinco estupros contra crianças, todas meninas com idades entre 4 e 14 anos – perfil que se encaixa ao de Rachel. Há, ainda, um sexto estupro na ficha criminal dele que a polícia ainda não sabe se foi contra uma criança ou uma pessoa adulta.

Segundo depoimento

Além do relatório da perícia, a DHPP divulgou também o segundo depoimento tomado pelos policiais de Curitiba quando Santos foi transferido ao Paraná. À delegada Camila Cecconello, que o ouviu no dia 22 de outubro, o homem contou praticamente tudo o que já tinha dito anteriormente, que viu Rachel num dia e só no outro resolveu abordá-la, dizendo que era responsável por um programa de TV e a convencendo a ir com ele até seu escritório.

Santos contou que a menina tentou avisar seus pais, mas que ele a convenceu a fazer isso depois e disse que quando chegaram em sua casa Rachel começou a gritar e se esquivar e foi aí que ele, então, tapou a boca e o nariz dela, que começou a se debater e arranhá-lo. Ele disse à polícia que esganou Rachel e que a menina perdeu os sentidos.

O homem contou também que cometeu o ato sexual e após isso amarrou os braços, pernas da menina, e que a embrulhou em lençóis, sacos plásticos e colocou dentro da mala. Santos ainda disse que passou duas sacolas em volta da cabeça da criança, porque achou que o corpo iria sangrar e para que, caso ela acordasse, acabasse sufocada, conforme disse em seu primeiro depoimento, enquanto ainda estava em São Paulo.

Ele confirmou que foi até a rodoviária de duas formas: metade do caminho de ônibus e o outro trecho de táxi e que deixou a mala no local porque queria que o corpo fosse encontrado. Santos disse também abusou da criança, mas que não retirou sua roupa e não sabe como algumas peças (calcinha, meia, tênis) sumiram .

O homem afirmou também que ficou apenas com a mochila e os cadernos, mas que dispensou os materiais em uma lixeira em Guaratuba, no Litoral do Paraná, cidade para onde fugiu após o crime e depois foi para outra região.

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