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Marcas de tiros de fuzil no carro alvejado no Rebouças na noite de domingo. | Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná
Marcas de tiros de fuzil no carro alvejado no Rebouças na noite de domingo.| Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná

Quem jantava num restaurante da Rua Doutor Pamphilo D’Assumpção, próximo ao cruzamento com a Rua Chile, no Rebouças, levou um susto e presenciou um crime assustador na noite de domingo (3). Três pessoas foram fuziladas dentro de um Peugeot 408 e duas delas morreram na hora. O crime, segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, pode ser uma queima de arquivo.

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O assassinato aconteceu por volta das 22h. “As testemunhas contaram que uma S10 emparelhou com o Peugeot e os atiradores começaram a disparar. Usaram três armas, entre elas um fuzil calibre 556”, contou o tenente Eduardo Cochek, do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM).

O carro ficou desgovernado e atingiu o gramado e o portão de uma universidade. Câmeras de segurança da instituição de ensino e também do restaurante que fica do outro lado da rua podem ter registrado toda a ação. Essas imagens devem ser solicitadas pela Polícia Civil.

Segundo a polícia, mais de 30 disparos foram efetuados no local. Além do fuzil, os atiradores também usaram uma pistola calibre 9 milímetros e outra ponto 40. “O que a gente percebeu é que os atiradores estavam muito bem preparados e certamente foi um crime premeditado”, definiu o tenente.

Casal e cunhada

Dentro do Peugeot, que tinha placas de Praia Grande, em São Paulo (SP), estavam Paulo Guilherme Matos, 34 anos, Andreia Aparecida Matos, 32, e Angela Maria de Carvalho, 36. Paulo e Andreia eram casados há dez anos e os dois morreram no local. Um deles ainda tentou sair do carro e correr para escapar dos disparos, mas foi em vão.

Angela, que era irmã de Andreia, foi socorrida pelo Siate. Segundo a PM, o estado de saúde dela era grave e corria risco de morte, mas saiu do local do crime consciente. Ela foi encaminhada ao Hospital Cajuru.

O que aconteceu?

Para a polícia, as características do crime são de uma execução e estaria ligado a uma queima de arquivo. Aos policiais, muitas hipóteses chegaram logo no começo do levantamento das investigações. Apesar disso, nada foi oficializado e divulgado, pois a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda busca algumas confirmações.

A mãe das mulheres disse que as duas eram boas filhas e que Andreia ajudava gente carente com cesta básica. “Andreia trabalhava como advogada, era estudiosa e muito dedicada, uma boa mãe, boa filha, nunca tive queixa dela. Angela trabalhava com serviços gerais. Perdi um pedaço de mim”, comentou Maria Aparecida de Carvalho, que contou também que ainda se recuperava da morte do marido, vítima de um acidente de trânsito há três meses.

Andreia tinha uma filha de 19 anos e um adolescente, de 13. Segundo a mãe das mulheres, o marido de Andreia também não era uma pessoa complicada. “Ele era sossegado e muito bom genro. Nunca soubemos que ele tenha mexido com alguma coisa errada. Trabalhava como pintor. Não tenho ideia do que motivou”.

A DHPP fez apuração do local e vai contar, ainda, com o trabalho da perícia do Instituto de Criminalística. Ainda no local do crime chegou o boato de que a caminhonete usada pelos atiradores teria sido queimada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mas a polícia não confirmou. Informações, que possam ser ajudadas nas investigações, podem ser passadas ao disque-denúncia da DHPP, pelo telefone 0800-643-1121.

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