Resultado de enquete com leitores da Gazeta do Povo, que esteve no ar entre os dias 28 de agosto a 13 de setembro, aponta que 88% dos participantes acreditam que ao assumir o comando do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo “provavelmente vai trabalhar de acordo com os interesses de Lula, que deseja reduzir as taxas de juros na marra”.
Se aprovado pelo Senado, onde passará por sabatina, Galípolo assumirá o posto hoje ocupado por Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro.
Para 12% dos participantes da enquete, Galípolo “pode fazer um bom trabalho” e “suas declarações recentes mostraram postura de firmeza no combate à inflação”. Ao todo, 834 leitores participaram da enquete.
Indicação de Galípolo
A indicação de Galípolo para o posto foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia 28 de agosto.
Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo já estava de “sobreaviso” a respeito da escolha do seu nome pelo presidente Lula (PT).
O chefe do Executivo já declarou que Campos Neto é um “adversário político e ideológico”.
Lula quer mudar presidente do BC para "coisas voltarem à normalidade".
Antes de confirmar a indicação de Galípolo, Lula disse que quando o presidente do BC for substituído “as coisas vão voltar à normalidade”.
Já Campos Neto parabenizou Galípolo pela indicação e disse que "tem trabalhado de forma harmônica e construtiva" com o diretor "desde a sua chegada ao Banco Central".
Campos Neto também disse acreditar que a transição do comando da autoridade monetária será suave.
“Menino de ouro”
Considerado um “menino de ouro” pelo presidente Lula (PT), o economista Gabriel Galípolo foi o “número 2” do ministro Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, quando atuava como secretário-executivo da pasta.
Em maio do ano passado, foi indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do BC.
Entre 2017 e 2021, Galípolo presidiu o Banco Fator. Ele se aproximou da cúpula petista no final de 2021, antes da pré-campanha eleitoral, atuando como conselheiro econômico.
Após a vitória de Lula, Galípolo fez parte do governo de transição e se tornou o braço direito de Haddad.
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