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A Economia é feita de escolhas, de decisões básicas do dia-a-dia das pessoas, não necessariamente das variáveis que envolvem explicações sobre como se obter e o que fazer com o dinheiro. É o que mostra em seus livros o economista brasileiro Eduardo Gianetti da Fonseca. Formado em Sociologia e Economia pela USP, com doutorado na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, esse professor da Ibmec São Paulo é referência nacional de análise dos mais variados temas da complexa Ciência Econômica, mas também sabe fugir do economês e transformar assuntos aparentemente desinteressantes para o leitor comum em leitura prazerosa.

A facilidade de aproximar assuntos econômicos da vida das pessoas é a grande obra de Gianetti. As discussões que ele suscita devolvem a temas econômicos uma face mais ligada a valores (e valor é algo diferente de dinheiro) do que a números, terminologias e regras de mercado. Em seu último lançamento, "O Valor do Amanhã", por exemplo, ele ensina que juros não são uma invenção de banqueiros, nem algo puramente monetário, que exige o conhecimento da fórmula matemática para entender sua lógica de funcionamento. São resultados de escolhas intertemporais dos indivíduos: juro é aquilo que se "paga" quando se abre mão de uma coisa no presente para se ter algo no futuro ou quando se aceita pagar alguma coisa no futuro para antecipar um valor e desfrutá-lo no presente.

No currículo de Gianetti não constam importantes chefias de órgãos públicos, comando de empresas, sociedade em consultorias de negócios. É um economista de análise, não de mercados específicos mas dos mecanismos que regem a economia e das escolhas de governos e pessoas. E, se não é raro vê-lo falar sobre os altos e baixos da economia nacional, também possível encontrar entrevistas e artigos de Gianetti comentando assuntos como energia, transporte, televisão, educação, filosofia e ética. Não é à toa que ele é um dos mais requisitados palestrantes do país e que coleciona dois prêmios Jabuti, principal premiação literária brasileira, e o título de Economista do Ano, de 2004, da Ordem de Economistas de São Paulo.

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