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Em uma sessão de perdas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações preferenciais da Varig terminaram esta quarta-feira com alta de 90,6% em relação ao fechamento da véspera. Com isso, passaram a acumular uma valorização de 272,81% nos últimos sete dias. No dia 13 de abril, os papéis da empresa aérea eram negociados a R$ 0,55 por unidade. Hoje foram vendidos a R$ 4,25.

Por mais que se tente associar a alta a uma suposta mudança no discurso do governo - admitindo alguma ajuda para a companhia aérea -, analistas dizem que a disparada é fruto apenas de especulação. E alertam: quem se deixar seduzir pela valorização dos últimos dias pode se dar bastante mal.

- É pura especulação. Há muita notícia desencontrada - disse o analista Marcelo Ribeiro, da corretora Pentágono, declarando-se cético quanto à possibilidade de ajuda do governo.

- O máximo que pode acontecer é um oxigênio extra até as eleições - acredita.

Ribeiro lembra que, mesmo quando a empresa estava numa situação muito melhor, o preço médio de seus papéis girava em torno de R$ 1,50. De 2001 para cá, a Varig reduziu em quase metade a sua participação no mercado de vôos doméstico (de 40% para 20%) e teve a situação financeira bastante deteriorada. As dívidas da empresa estão em um patamar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões - os valores variam porque foram feitas várias auditorias.

O operador de bolsa Tommy Taterka, da corretora Concórdia, concorda que as ações da Varig estão "nitidamente sobrevalorizadas".

- Muita gente ganhou dinheiro porque as ações chegaram a valer centavos. Mas é especulação. A Varig não vale esse preço - comenta.

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