O desempenho da economia em 2015 foi tão ruim que analistas já revisaram para baixo a expectativa para o Produto Interno Bruto deste ano. E a atividade econômica pode ser ainda mais fraca do que no ano passado, uma vez que já há quem espera uma contração de 4% em 2016, mais acentuada do que os 3,8% do ano passado, divulgados nesta quinta-feira (3) pelo IBGE.
A Rosenberg Associados piorou sua projeção em 0,5 ponto percentual. Para a consultoria, o PIB deste ano encolherá 4% em vez dos 3,5% previstos anteriormente. A Capital Economics é bem mais otimista, mas reduziu de forma significativa sua previsão: queda de 3% em vez de recuo de 2,3%.
“A segunda metade deste ano deve mostrar alguma estabilização nas taxas trimestrais do PIB, mas não uma recuperação, e quando ela vier será fraca e frágil”, afirma a Capital Economics em nota.
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Economia continua em queda e retomada tem tudo para ser lenta
Leia a matéria completaO Goldman Sachs, que destaca que há sete trimestres a economia brasileira não mostra sinais de arrefecimento, prevê contração acumulada de 10% em dois anos no PIB per capita real.
“Enquanto o setor privado tem se ajustado (consumo privado caiu 4,0% em 2015), o consumo do governo caiu apenas 1,0%. Isto atesta a dificuldade das autoridades em entregar o ajuste fiscal, além de severos cortes em investimentos e aumentos de carga tributária”, afirma relatório do Goldman Sachs.
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O banco acredita piorou a previsão para o desempenho da economia nos primeiros três meses deste ano: de -0,4% para -0,65%. Isso de deve, de acordo com o relatório, ao fraco PIB real de dezembro e aos fracos indicadores para de atividade econômica para o primeiro trimestre deste ano.
Boletim Focus
O último relatório Focus, divulgada na segunda passada pelo Banco Central, também piorou a expectativa para este ano, intensificando a previsão de queda em 0,05 ponto percentual.
Foi a queda redução consecutiva prevista pelos analistas do mercado, com o PIB passando de -3,40% para -3,45%. Para o ano que vem, os analistas mantiveram a aposta de que a economia deve registrar leve expansão de 0,50%.
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