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A agência de regulação das telecomunicações brasileiras, Anatel, provavelmente exigirá concessões da Telefónica antes de aprovar a aquisição pela empresa espanhola de uma participação acionária indireta na Telecom Italia, disse uma fonte próxima da situação, na quinta-feira.

A Anatel informa em seu site que avaliará as implicações no Brasil da transação em reunião de seu conselho diretor marcada para a próxima terça-feira.

"É provável que as autoridades regulatórias brasileiras imponham restrições significativas", disse a fonte à Reuters. A agência poderia pedir que a Telefónica reduza sua participação de 50 por cento na operadora celular Vivo, ou que diminua a participação na Telecom Italia. A Vivo atua em áreas em que a TIM, do grupo italiano, também opera.

A aprovação da agência é o último obstáculo que precisa ser superado antes que o acordo seja concluído. O presidente-executivo e o vice-presidente da Telecom Italia, Riccardo Ruggiero e Carlo Buora, respectivamente, disseram a pessoas próximas deles que podem renunciar assim que os novos acionistas tomarem o controle, disse uma segunda fonte.

Em maio, Telefónica, o banco italiano Intesa Sanpaolo, a seguradora Generali e o banco de investimento Mediobanca fecharam acordo para adquirir uma participação indireta de controle de 18,1 por cento na Telecom Italia, junto à Pirelli .

A Telefónica fechou acordo para adquirir 42 por cento da Telco, veículo estabelecido para comprar a participação de 18 por cento que a Pirelli detém na Telecom Italia. Isso daria ao grupo espanhol uma participação de cerca de 7,6 por cento na Telecom Italia.

Negociação na Itália

A incerteza sobre a data e a forma da aquisição de controle pela Telefónica e sobre a permanência ou não dos atuais executivos estão prejudicando as negociações entre a agência regulatória das telecomunicações italianas (Agcom) e a Telecom Italia sobre o futuro das redes da empresa, disse Corrado Calabro, presidente da Agcom, na quinta-feira.

A Agcom tem conversado com a Telcom Italia sobre como criar uma unidade separada que ficaria encarregada pela administração da rede de cobre da companhia, desdobramento crucial para o desenvolvimento da empresa e a promoção da competição no país europeu.

As discussões técnicas avançaram, "agora a Telecom Italia precisa de uma administração que reflita uma estrutura societária estável e que possa tomar decisões importantes", disse Calabro durante uma conferência.

Analistas e administradores de fundos dizem que a administração da Telecom Italia está com as mãos atadas e que pode não tomar decisões estratégicas como a separação da rede até que o acordo com a Telefónica seja concluído.

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