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O reajuste da tarifa da Copel, que seria definido nesta terça-feira (17) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi retirado da pauta da reunião pública ordinária da diretoria da agência, em Brasília. Com a proximidade da data do reajuste da companhia, na próxima terça-feira, dia 24 de junho, a Aneel deve convocar uma reunião extraordinária para esta sexta-feira (20) - porém, a informação não foi confirmada pela agência.

INFOGRÁFICO: Veja detalhes sobre os reajustes

No final de maio, a empresa de energia do Paraná enviou à Aneel um pedido de reajuste médio de 32,4% a ser aplicado aos consumidores a partir do dia 24 de junho.

O item que mais pesou na composição do Índice de Reajuste Tarifário Pleiteado (IRT) foi a compra de energia, que equivale a 19,1% do total solicitado pela companhia neste ano. Esse custo foi fortemente pressionado pela queda do nível dos reservatórios de hidrelétricas e pelo acionamento constante das usinas térmicas. O valor representa aumento de quase nove pontos porcentuais em relação ao mesmo custo apresentado em 2013 (10,4%). Essas despesas compõem a chamada "parcela A", referente aos custos não gerenciáveis, ou seja, aqueles sobre os quais a empresa não tem controle.

Completam ainda o porcentual solicitado pela Copel 1,5% da "parcela B", formada basicamente pelos custos operacionais da companhia, e outros 11,8% dos componentes financeiros, que representam a diferença entre as despesas que a empresa já pagou e o que ela recebe por meio das tarifas, e que precisa ser compensado ao longo dos próximos 12 meses.

No custo dos componentes financeiros estão inclusos 5,1% do reajuste tarifário de 2013 autorizado pela Aneel que não foi repassado ao consumidor. Na ocasião, a pedido do governo do estado, a Aneel permitiu o parcelamento do aumento concedido de 14,6%, aplicando um aumento médio de 9,5% em 2013 e deixando o restante para entrar no cálculo da tarifa deste ano.

Fiep critica pedido de reajuste

Após o pedido, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) divulgou uma nota criticando o pedido de reajuste e informando que, se efetivada, a medida vai causar impacto de 0,5% nos custos de produção da indústria paranaense.

"Esse aumento de 0,5 ponto percentual pode parecer pequeno, mas, na verdade representa um grande impacto nos custos e despesas totais das empresas", afirmo o economista Roberto Zurcher, em entrevista à Agência Fiep.

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