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CEO da Máquina de Vendas, Luiz Wan-Dall. Foto: divulgação
CEO da Máquina de Vendas, Luiz Wan-Dall. Foto: divulgação| Foto:

O varejo não é nada como era há dez anos. A forma de consumo e a inédita proximidade das indústrias com o consumidor fez com que a área tivesse de se reinventar. A solução para isso? A excelência no conjunto dos serviços.

A opinião é de Luiz Wan-Dall, CEO da varejista Máquina de Vendas — holding que contempla as bandeiras Ricardo Eletro, Salfer, Insinuante e Eletro Shopping — terceira maior no ramo de eletroeletrônicos do país. Ele está entre os destaques da programação do ViaSoft Connect, evento que acontece em Curitiba em 9 e 10 de setembro, e vai abordar desafios e oportunidades para o varejo brasileiro. Wan-Dall assumiu a presidência da empresa em setembro de 2018, logo após o anúncio do pedido de recuperação extrajudicial da Máquina de Vendas.

“Estamos em um cenário hostil”, ratifica. Para ele, o contexto brasileiro tornou mais complicado para as empresas visualizarem caminhos possíveis quando a guinada para o digital começou a acontecer. “Nos Estados Unidos, pelo ambiente estar mais bem preparado, uma simples plataforma – a Amazon — conectou consumidor e indústria gerou um novo momento para o varejo, e muitos tiveram que se reinventar”, exemplifica.

No Brasil, país em que a logística é mais complexa, essa virada teve consequências ainda mais devastadoras: segundo ele, cerca de 25 empresas de referência acabaram em situações extremamente complicadas — algumas, inclusive, saindo do mercado.

Recuperação extrajudicial

Uma dessas empresas foi a própria Máquina de Vendas. Em agosto de 2018, a holding anunciou um plano de recuperação extrajudicial, homologado em janeiro deste ano. A empresa recebeu um aporte de R$ 250 milhões da companhia brasileira de private-equity Starboard. Segundo a EXAME, as dívidas chegaram a R$ 2,5 bilhões – R$ 1 bi com fornecedores e R$ 1,5 bi com bancos.

A nova estratégia, conta Wan-Dall, é entender que investir isoladamente no e-commerce ou nas lojas físicas não é suficiente: é preciso modernizar a relação com o consumidor nas duas frentes. Ao mesmo tempo em que mantém 500 lojas funcionando no país, a marca busca melhorar as estratégias online. Atualmente, o e-commerce da Ricardo Eletro — site e aplicativo — representam 20% do total de vendas da marca.

“O que a gente está tentando fazer é melhorar a experiência. Não é só preço: é acompanhar a jornada do consumidor. O varejo mudou e a gente não via mais sentido em ter dez lojas na mesma cidade”, afirma.

Para avançar nessa estratégia, a empresa está prestes a anunciar novas parcerias que tragam essa ‘plenitude de experiência’. As novidades serão nas áreas de microcrédito, multicentros de distribuição, compra e retirada imediatos, conta digital e marketplace físico.

“A ideia é ser uma plataforma de negócios, um elo entre a indústria e o consumidor. A gente tem que somar as competências para ter um diferencial significativo no mercado. O varejo precisa aproveitar esse novo formato compartilhado e sair da relação ‘eu consigo fazer tudo’ para conseguir viver esse novo momento de um consumidor hiperconectado que realmente conhece o que quer”.

Luiz Wan-Dall, CEO da varejista Máquina de Vendas

Segundo Wan-Dall, os valores de renegociação das dívidas e o faturamento previsto para este ano permanecem em sigilo, nas garante que a empresa já tem boas perspectivas. “A gente conseguiu estabilizar a situação. Se antes o avião estava apontado para baixo, agora já estabilizamos o voo. A previsão é de que a partir de 2020 a gente comece a navegar sem muita turbulência”.

Serviço

PalestraViaSoft Connect

Quando? 9 e 10 de setembro de 2019

Onde? Expo Unimed. R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Campo Comprido, Curitiba (PR).

Quanto? A partir de R$ 329 no site.

Telefone: (41) 4007-2305.

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