Buenos Aires O governo do presidente Néstor Kirchner não descarta colocar na prisão empresários que provoquem o desabastecimento de produtos de primeira necessidade tal como alimentos e medicamentos. O anúncio desta nova ofensiva do governo Kirchner para manter o congelamento de preços e o abastecimento foi realizado ontem de manhã pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno. Segundo ele, o governo analisa a aplicação da "Lei do Abastecimento" para alguns setores empresariais que registrem escassez de produtos. Na véspera, o próprio Moreno anunciou que o governo poderia ordenar a prisão de empresários do setor de combustível que não abasteçam o mercado interno de suficiente óleo diesel. As empresas que não colocarem diesel no mercado de acordo com os níveis exigidos pela demanda poderão ser proibidas de ter acesso a créditos durante dois anos e correm o risco de ser fechadas. O governo Kirchner alega que a medida é necessária porque o país está sofrendo a escassez de diesel, especialmente as áreas agrícolas do interior. Kirchner está de olho na reeleição presidencial no ano que vem e quer minimizar os riscos de inflação e desabastecimento.
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