Em recuperação judicial desde fevereiro e alvo de reclamações dos funcionários com relação a atrasos de salários e benefícios, a Avianca começou a promover demissões em massa. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (15) pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.
De acordo com o SNA, os cortes começaram na segunda-feira (13) e 600 desligamentos já teriam sido efetuados pela companhia aérea. As demissões devem alcançar um total de 900 trabalhadores até a quinta (16), entre os quais 200 pilotos e 700 comissários, ainda de acordo com o sindicato das categorias. O SNA acompanha os profissionais convocados para os procedimentos demissionais e informa que está "tomando as providências cabíveis em relação aos direitos de todos".
A Gazeta do Povo tenta contato com a Avianca para comentar os desligamentos.
Greve
Antes das demissões, os tripulantes da Avianca Brasil haviam aprovado greve por tempo indeterminado a partir das 6h da sexta-feira (17). A paralisação é um protesto contra atrasos nos pagamentos devidos aos trabalhadores e se baseia na argumentação de que o clima de incerteza pode afetar a segurança dos voos.
Em assembleia, comandantes e comissários definiram que devem impedir a decolagem de voos da companhia programados para os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), inclusive aqueles que façam apenas escala nos dois terminais.
Até as 18h30 desta quarta-feira (15) a companhia aérea ainda não havia divulgado quais voos devem ser cancelados a partir da sexta-feira, dia da paralisação. A Avianca tem disponibilizado em seu site a listagem com os trechos nacionais afetados pela crise interna da empresa desde o mês de abril.
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