O número de acessos em banda larga móvel na América Latina deve praticamente se igualar à quantidade de linhas de celulares habilitadas na região até 2015, chegando a 750 milhões de aparelhos conectados. A conclusão é de um extenso relatório preparado pela GSMA (organização mundial que presta consultoria no setor de telecomunicações), que prevê um enorme aumento no fluxo de dados nos países latinos nos próximos anos.

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Com uma expansão anual de 13% nos últimos quatro anos, a América Latina é o terceiro mercado mundial de serviços móveis, com mais de 630 milhões de conexões. Em boa parte dos países, o número de linhas supera inclusive a população. Mas a região conta com apenas 61 milhões de pontos de banda larga móvel.

O estudo aponta que as assinaturas de internet nos dispositivos móveis têm crescido a uma taxa de 127% ao ano e há uma expectativa de que essa expansão continue em um patamar anual de 50% - similar ao do Leste Europeu. Desta forma, a América Latina deve chegar a 750 milhões de acessos à internet móvel em 2015, praticamente chegando à quantidade prevista de linhas habilitadas.

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Nesse cenário, o estudo aponta que as receitas obtidas pelos serviços de voz serão cada vez menos importantes nos caixas das empresas, sendo substituídas rapidamente pelas receitas vindas dos planos de dados. Atualmente o tráfego de dados móveis per capita na região é de apenas 22 megabytes (MB), mas deve saltar para 850 MB nos próximos três anos, superando o nível de utilização per capita dos usuários asiáticos.

Segundo o relatório, como o crescimento da banda larga fixa apresenta uma série de limitações - sobretudo de alcance às áreas mais remotas desses países -, a tecnologia móvel deverá exercer um papel de liderança na universalização do acesso à internet que vem sendo promovida por diversos países da região. No caso brasileiro, esse é exatamente um dos pilares do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

"Hoje muitas pessoas demandam o acesso à internet, mas pouca gente o tem. O futuro é a banda larga móvel. A previsão para o aumento no fluxo de dados é dramática, e a experiência tem mostrado que todas as estimativas no setor sempre são superadas" afirma o diretor da GMSA para a América Latina, Sebastian Cabello.