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O conselho do Banco do Brasil (BB) sepultou o processo de quebra de sigilo bancário do seu ex vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Privite Banking Allan Toledo. Nesta segunda-feira (9), os conselheiros aprovaram um relatório da auditoria interna que concluiu que não há provas de qualquer acesso indevido à conta do ex-funcionário. O banco não confirma oficialmente, mas fontes ouvidas pelo GLOBO dizem que, com a decisão, a diretoria diz que, se houve vazamento de informações, foi feito por alguém de fora da instituição.

Esse relatório foi apresentado para o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que preside o conselho da instituição. O texto diz que não há evidências de pesquisa fora da rotina do banco. Ou seja, apenas pessoas como o gerente da conta de Toledo tiveram acesso - por vias oficiais e que ficam registradas no sistema de segurança do banco - à sua movimentação financeira.

Além do BB, a Polícia Federal investiga a quebra de sigilo de Allan Toledo, que ocupava um das cadeiras mais poderosas da instituição. Ele recebeu depósitos que somavam quase R$ 1 milhão da sua mãe adotiva. Ela teria vendido uma casa ao empresário Wanderley Mantovani, sócio do frigorífico Mafrig: um dos clientes do Banco do Brasil.

No fim do ano passado, a demissão de Toledo colocou combustível na guerra na cúpula da instituição. De acordo com fonte do governo, foi uma determinação direta do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para evitar uma disputa maior de poder dentro do banco. Toledo tinha pretensões de tomar o posto do atual presidente, Aldemir Bendine, que saiu enfraquecido depois da avalanche de notícias que desgastaram a diretoria.

A guerra começou anos antes com um acordo entre Bendine e seu então vice-presidente Ricardo Flores. O pacto era para uma programada dança das cadeiras. Bendine assumiria a presidência do fundo de pensão Previ. Flores seria seu sucessor. O vice se promoveu em 2009, quando foi responsável por várias medidas para combater a crise financeira. Como prêmio, Flores ganhou a presidência da Previ: cargo almejado pelo antigo chefe.

Na época, o Banco do Brasil negou oficialmente que tenha divulgado o extrato de Toledo.

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