O Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa básica de juros da zona do euro para 1,25% ao ano, segundo informou na manhã desta quinta-feira Com a medida, a taxa sai de seu menor nível da história, de 1% ao ano, em um movimento que já era esperado. A elevação é a primeira desde julho de 2008. A zona do euro reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda.

CARREGANDO :)

O BCE é agora o primeiro grande banco central do mundo desenvolvido a subir o juro básico desde a crise financeira iniciada em 2008. A alta ocorre no momento em que um terceiro país do bloco, Portugal, é forçado a recorrer à ajuda financeira de seus parceiros na União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

As atenções agora se voltam para a entrevista do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, que ocorre ainda nesta manhã. Trichet poderá dar indicações sobre como a autoridade monetária atuará daqui para frente. Espera-se que ele argumente que um aumento expressivo das pressões inflacionárias na zona do euro justifique o aumento dado no juro.

Publicidade

A inflação na zona do euro atingiu seu maior patamar em 29 meses em março, a 2,6%, e estima-se que a taxa se acelere nos próximos meses, atingindo 3% em junho. Esse patamar é muito superior ao objetivo do BCE de manter a taxa "abaixo, mas próxima" de 2% no médio prazo.

Os estrategistas acreditam, por outro lado, que Trichet irá suavizar o tom em relação ao adotado na entrevista após a reunião de março. Eles apostam que Trichet irá omitir a tradicional frase "forte vigilância" utilizada como um sinal de aumento do juro. No entanto, se ele a mantiver, a interpretação pode ser de mais um aumento do juro em maio.

O mais provável é que Trichet diga que o Conselho de Governadores do BCE, que decidem a política monetária, irá monitorar "de muito perto" todos os desdobramentos daqui em diante, indicando que as taxas ficarão inalteradas até junho, pelo menos. As informações são da Dow Jones.

Veja também
  • Vendas no varejo da zona do euro caem em fevereiro
  • Preços ao produtor sobem 6,6% na zona do euro