O BNDES divulgou no fim da tarde desta quinta-feira nota na qual explica o modelo do financiamento que será oferecido aos investidores interessados em conceder o empréstimo-ponte para a Varig. Segundo o banco, o empréstimo-ponte é necessário para compor o capital de giro da empresa, conforme previsto pelos atuais gestores da VARIG, até a realização do leilão judicial para a venda de ativos, previsto para ocorrer em um prazo de 60 dias. O vencimento do empréstimo-ponte, de acordo com a nota, "será harmonizado com o prazo do leilão judicial".
O apoio financeiro do BNDES será na forma de um financiamento no montante de até 2/3 (dois terços) do valor do empréstimo-ponte. O valor total do empréstimo-ponte deverá ser negociado entre os gestores da VARIG e o(s) investidor(es) interessado(s), limitado a US$ 250 milhões. Os investidores interessados deverão ser pré-qualificados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e atender aos critérios bancários do BNDES.
A instituição explicou, por meio do comunicado, que em função do prazo para a entrada dos recursos solicitados pelos atuais gestores da VARIG ser exíguo, será exigida, como garantia ao financiamento, carta de fiança bancária, equivalente ao montante de financiamento a ser concedido pelo BNDES.
Segundo o modelo de financiamento, caso haja mais de um investidor que atenda às condições, o valor do financiamento será dividido proporcionalmente às propostas individuais aprovadas para os diferentes investidores. O banco informou que somente será considerado o investidor que formalizar ao BNDES seu interesse na obtenção da colaboração financeira até as 18:00 do dia 15/05/2006.
Segundo o diretor da consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela reestruturação da Varig, os recursos decorrentes do empréstimo-ponte deverão entrar no caixa da empresa até o final da semana que vem. "A expectativa é que o crédito no caixa da empresa aconteça na próxima semana", afirmou Gomes. Para ele, a Varig deu um sinal positivo ao mercado aprovando um plano de consenso entre os credores. "Temos dois meses até o leilão para preparar todas as informações para que o mercado entenda o que está a venda", acrescentou o executivo da Alvarez & Marsal
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