Bolsa segue EUA e fecha em queda. Dólar sobe

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 2,02% nesta segunda-feira, aos 40.915 pontos, influenciada pelos mercados americanos, que também caíam. O volume financeiro do dia foi de R$ 2,016 bilhões.

O dólar subiu 1,01%, a R$ 2,1920, após mais uma intervenção do Banco Central no mercado à vista. O risco-país, por sua vez, teve alta de 3,62%, a 229 pontos centesimais. No mercado futuro de juros, contratos referenciados em Depósitos Interfinanceiros com vencimento em janeiro de 2008 projetavam taxa de 12,930% ao ano, com alta de 0,01 ponto percentual, influenciadas pelo risco-país. Ainda assim, a expectativa de analistas, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, é de que o Comitê de Política Monetária reduza os juros em 0,5 ponto percentual ao encerrar sua reunião na quarta-feira. Alguns economistas, no entanto, insistem em um corte menor de 0,25 ponto percentual.

A segunda-feira foi fortemente marcada por um movimento de realização nos mercados americanos. O Nasdaq recuava 2,12%, para 2.408,09. Na semana passada, o índice da bolsa chegou a encostar em sua maior alta em seus anos.

O Dow Jones industrial recuava 1,29%, para 12.122,7 pontos, enquanto o S&P tinha perdas de 1,33%, a 1.382,43 pontos.Ações de telefonia são destaque da Bovespa

As ações da TIM Participações tiveram o maior destaque de alta da carteira teórica da bolsa, o Ibovespa. Apesar de a controladora da TIM, a Telecom Italia América Latina, ter negado, analistas acreditam na possibilidade de a operadora de telefonia móvel brasileira ter sido vendida à Claro, conforme noticiou o jornal "O Globo" no fim de semana.

Os papéis preferenciais da TIM Participações subiram 2,04%, para R$ 7,50.

Já as ações da Telemar, que chegaram a ter a segunda maior alta do índice, fecharam em queda de 1,38%, a R$ 32,01.

A empresa conseguiu adiar na Justiça uma assembléia de acionistas em que seria votada a reestruturação acionária da companhia.

Com isso, ganhou mais tempo para tentar reverter uma outra decisão que impede que Previ e BNDES votem.

A Justiça irá esperar que a Comissão de Valores Mobiliários se pronuncie sobre a autorização para que detendores de papéis preferenciais e também ordinários tenham direito a voto.

Ao longo da semana, serão divulgados dados importantes sobre a economia americana. Na terça-feira, os Estados Unidos divulgam os dados sobre vendas de casas usadas em outubro, além dos pedidos de bens duráveis. Além disso o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke fará um pronunciamento, o que sempre influencia nos negócios no país e, conseqüentemente, em mercados emergentes.

Na quarta sairá a prévia do PIB trimestral americano, o GDP, e o seu deflator, o Chain Deflator. Também acontecerá a divulgação dos estoques de petróleo do país, importantes para a cotação internacional da commodity. Os americanos estarão atentos ainda ao número de casas novas, vendidas e postas à venda no país.

No mesmo dia, será conhecido o conteúdo do "livro bege", com estatísticas dos 12 bancos centrais regionais sobre a situação econômica geral dos Estados Unidos.

Na quinta-feira, saem dados de renda dos cidadãos e os gastos dos consumidores, além do número de pedidos de auxílio-desemprego na semana terminada em 18 de novembro.

Na sexta-feira o Ministério do Comércio Exterior publicará a balança comercial brasileira referente ao consolidado do mês de novembro.