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A cotação do dólar no Brasil disparou logo na abertura das negociações desta quarta (9) para R$ 6,06 após a China anunciar uma nova retaliação contra o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump. O pregão da moeda dos Estados Unidos subiu 1,15% às 9h20 em reflexo ao movimento dos investidores e repetiu o desempenho do dia anterior.
Na terça (8), o dólar fechou cotado em R$ 5,99 após os Estados Unidos confirmarem a taxação de 104% sobre produtos chineses após o país asiático não ceder à pressão de Trump de retirar a retaliação de 34% sobre as importações norte-americanas.
Em resposta, a China decidiu nesta quarta (9) redobrar a aposta e aplicar uma nova taxação de 84%, que entra em vigor na quinta (10). A decisão balançou os mercados de todo o mundo, com baixas em algumas das bolsas asiáticas e generalizada na Europa.
As duas principais bolsas das Américas, São Paulo e Nova York, seguiram a tendência mundial e também abriram em queda nesta quarta (9).
O "caos" pelo mundo
Das principais bolsas asiáticas, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio, no Japão, fechou o dia com uma forte queda de 3,93% e 1,74% em Seoul. Já a de Hong Kong teve perdas menores com uma leve alta de 0,68%, enquanto que Shangai teve uma recuperação de 1,31%.
Por outro lado, as bolsas europeias operam em queda desde a abertura, com -4,15% em Frankfurt, -4,16% em Paris e -3,7% em Londres às 9h25.
China redobra aposta contra EUA
O Ministério das Finanças da China anunciou nesta quarta-feira (9) novas tarifas de 84% sobre produtos dos Estados Unidos, em represália à política econômica de Donald Trump, que resultou numa cobrança de 104% sobre importações de Pequim.
De acordo com a pasta, as tarifas adicionais começarão a valer a partir desta quinta-feira (10). "Com uma vontade firme e recursos abundantes, a China tomará contramedidas resolutas e lutará até o fim", disse o Ministério do Comércio chinês em um comunicado.
Além das cobranças extras, a China anunciou uma nova lista com 12 entidades americanas que estarão sujeitas ao controle de exportação e seis empresas consideradas "entidades não confiáveis" pelo gigante asiático.