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Os principais mercados de ações mundiais retomaram o otimismo nesta segunda-feira (28), impulsionados pelas informações da imprensa italiana sobre um possível resgate internacional do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao país, apesar desta ajuda ter sido desmentida pelo Fundo e pela Comissão Europeia (CE).

Na Europa, o índice DAX 30, de Frankfurt, terminou em alta de 4,6%, aos 5.745,33 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 5,46%, aos 3.012,93 pontos. O Footsie 100 de Londres ganhou 2,87% e fechou aos 5.312,76 pontos. Em Milão, a alta foi de 4,6%, aos 14.578 pontos, enquanto que em Madri, o IBEX 35 avançou 4,59%, a 8.119,9 unidades.

Wall Street também abriu em clara alta nesta segunda-feira. Além dos rumores sobre novas iniciativas contra a crise da dívida italiana, os índices americanos também refletiam as expectativas sobre as vendas da chamada "Cyber Monday", o dia da maior liquidação de aparelhos eletrônicos nos Estados Unidos.

O Dow Jones ganhava 2,12% e o Nasdaq 2,86%. A Bolsa de Nova York encerrou a sessão de sexta-feira em leve queda, de 0,23%, num dia de baixo volume de negócios devido ao fechamento antecipado do pregão por conta do 'Black Friday', data em que as lojas americanas fazem promoções excepcionais para antecipar as compras para o Natal.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio encerrou a segunda-feira com alta de 1,56% e Hong Kong subiu 1,97%.

"Realmente, a base da alta desta sessão são os rumores de que o FMI está preparando algum tipo de plano de resgate para a Itália", disse Simon Denham, da corretora Capital Spreads.

Segundo o jornal italiano La Stampa de domingo, que cita funcionários do FMI, "a instituição prepara um plano de ajuda entre 400 bilhões e 600 bilhões de euros (535 bilhões e 800 bilhões de dólares) para Itália no caso de um agravamento da crise da dívida deste país".

De acordo com a notícia, "o empréstimo permitiria à Itália dispor de um prazo adicional entre 12 e 18 meses para implementar cortes orçamentários e reformas destinadas a reforçar o crescimento, deixando de lado a necessidade de refinanciar a dívida", disse o La Stampa.

O FMI pediria taxas de juros entre 4% e 6% para este empréstimo, inferiores às taxas que Roma obtém atualmente no mercado, onde juros para as obrigações italianas a dois e cinco anos superam os 7%.

A euforia reinante nas bolsas deixou em segundo plano outras notícias menos tranquilizadoras para a Europa.

A agência de classificação financeira, Moody's, afirmou nesta segunda-feira que todas as notas dos países da UE estão ameaçadas pela atual crise financeira.

A Moody's acrescentou ainda que "ante a ausência de medidas que estabilizem as condições do mercado no curto prazo, o risco de crédito continuará aumentando".

Seguindo essa mesma tônica, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) advertiu nesta segunda-feira que a Eurozona parece "atravessar uma ligeira recessão" e sua economia ficará praticamente estagnada em 2012 (+0,2%), devido à crise da dívida.

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