A Bovespa deixou de lado o vacilante comportamento dos mercados internacionais nesta terça-feira e subiu com consistência, puxada por Petrobras e CSN num dia de graúdo giro financeiro.
Mesmo desacelerando no final do pregão, o Ibovespa fechou o dia nos 69.574 pontos, patamar mais alto desde 19 de janeiro, após subir 1,46 por cento.
Mas o grande destaque da sessão foi o volume de negócios, de 10 bilhões de reais, o maior do ano, movimento turbinado por operações "diretas" de corretoras com papéis da Petrobras.
Apesar da queda nas cotações do petróleo, o papel preferencial da estatal --que subiu 2,24 por cento, a 36,50 reais-- foi responsável por quase um quarto do giro do pregão, após grandes operações diretas com o papel feitas pela corretora do Credit Suisse.
"Logo em seguida, veio uma montanha de ordens de compra em cima de Petrobras", disse o operador de uma grande corretora paulista, sob a condição de anonimato.
O papel é o centro da disputa pelos contratos de opções sobre ações, que tem exercício na próxima segunda-feira.
Em outra frente, a ação da CSN teve ganho de 3,9 por cento, a 66,41 reais, após a empresa anunciar planos de separar os negócios do grupo e abrir o capital de unidades.
Este foi, porém, apenas o ponto alto do setor de metais. Refletindo os rumores de que os preços do minério de ferro podem quase dobrar neste ano, a equipe da Bradesco Corretora emitiu um relatório reforçando a visão positiva para Vale, cuja ação preferencial subiu 1 por cento, a 47,67 reais.
Num dia tão positivo, as units da ALL tiveram alta de 1,7 por cento, a 17,17 reais, mesmo após a empresa de logística ter reportado resultado abaixo das expectativas no quarto trimestre.
"Houve uma piora operacional, com forte queda nos volumes transportados e pressões nas margens causadas pela redução nas exportações de grãos e pelas fortes chuvas que castigaram as regiões Sul e Sudeste do país", disse o BB Investimentos, em relatório.
Fora do índice, Telebrás teve outro dia de forte correção, despencando 11,9 por cento, a 1,70 real, após outro balde de água fria nos que esperavam pela entrada breve da companhia no projeto de popularização da banda larga no país.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto, Franklin Martins, afirmou nesta manhã que o Plano Nacional de Banda Larga não será concluído em 2010. "O plano está sendo concebido para ir até 2014", disse.
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