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Apesar de um dia marcado por oscilações moderadas próximas da estabilidade, o mercado acionário brasileiro encerrou as operações desta terça-feira em alta. O Ibovespa, índice que reúne as 56 ações mais negociadas da bolsa paulista, avançou 1,26%, aos 36.681 pontos, com giro de R$ 1,895 bilhão.

O dólar comercial, influenciado por mais um leilão de compra do BC e por um cenário externo sem grandes novidades, fechou com valorização de 0,46%, vendido a R$ 2,2030. O risco-país, termômetro que mede a confiança do investidor na economia brasileira, recuou 0,87% aos 228 pontos-base.

BOLSA

O comportamento da Bovespa no dia resultou de vários fatores, dentre os quais o desempenho positivo dos mercados em Wall Street , os resultados de empresas no Brasil e nos EUA e algum movimento de realização de lucros, após a alta de 2% na véspera.

As bolsas européias fecharam sem tendência comum, enquanto as americanas refletiram, nos fechamentos, indicadores econômicos como o índice de confiança do consumidor, que ficou acima do esperado, e a venda de casa usadas, que também recuou um pouco mais do que as estimativas.

— O mercado brasileiro tem se voltado mais para o cenário externo, já que internamente os dados são tranqüilos. Falta apenas a ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), com a sinalização do rumo dos juros — avalia Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez.

Para o diretor da corretora Ágora e presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec-RJ), Álvaro Bandeira, apesar da volatilidade, a tendência da Bovespa ainda é de alta.

— Na verdade, um patamar acima de 37 mil pontos é o ideal para o Ibovespa, se bem que ele já deu alguns sinais falsos, rolando um pouco mais para baixo. Mas, de qualquer modo, 37 mil o deixa com uma "cara" boa — considerou.

A indefinição dos rumos dos juros americanos é outro fator que, na avaliação do economista-chefe do Fiducia Asset Management, Marcelo Castello Branco, continua presente na tomada de decisões dos investidores.

— No fundo, a dúvida que persiste é saber qual dos fatores vai pesar mais: o fato de a atual política monetária estar chegando ao fim ou o fato de estar havendo um desaquecimento incipiente na economia. Essa é a indefinição que, no curto prazo, não permite grandes previsões — explicou.

O economista lembrou que os desdobramentos da crise no Oriente Médio e o impacto do conflito sobre os preços do petróleo também seguem influenciando os mercados globais, nestes dias.

JUROS

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos de depósito interfinanceiro (DI) fecharam os negócios desta terça-feira sem tendência definida, mas influenciados positivamente pela deflação de 0,02% registrada em julho pelo IPCA-15 .

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