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A bolsa brasileira teve a maior baixa em quase seis meses nesta quarta-feira, afundando em níveis não vistos desde setembro de 2009 com a perspectiva de um crescimento econômico menor no mundo.

O Ibovespa perdeu 2,26 por cento, a 56.017 pontos. Foi a maior queda desde 9 de fevereiro, quando o índice recuou 2,36 por cento. Na mínima do dia, pouco antes das 12h, a queda foi de 3,6 por cento.

O giro financeiro do pregão foi de 8,3 bilhões de reais, acima da média de 6,3 bilhões de reais neste ano, indicando que o movimento de vendas foi generalizado.

"Para ficar ruim, tem que melhorar muito", disse o diretor da corretora Ativa, Alvaro Bandeira.

"Continua mais do mesmo. O teto da dívida americana não convenceu em termos de política e os mercados estão preocupados em termos da recuperação econômica", completou.

No momento mais agudo da queda, o estrategista de renda variável da CM Capital Markets, Rafael Espinoso, chegou a afirmar: "está batendo o pânico mesmo. Está todo mundo com medo de que aconteça igual em 2008, com a mesma velocidade (de queda)".

Os investidores mostravam preocupação com a possibilidade de uma estagnação do crescimento global. Nesta quarta-feira, dados do setor de serviços revelaram uma desaceleração da atividade na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos.

O mercado teme um cenário de crise econômica para o qual as autoridades estão menos preparadas do que em 2008, em parte devido a crises políticas locais como a longa negociação sobre a dívida dos Estados Unidos.

Os principais índices das bolsas norte-americanas também caíram com força ao longo do dia, mas no fim da tarde Dow Jones e Standard & Poor's 500 viraram para o lado positivo, evitando a oitava baixa seguida do S&P 500.

Entre os papéis com maior liquidez do Ibovespa, a ação preferencial de Vale caiu 2,66 por cento, a 43,61 reais, e a ação equivalente de Petrobras teve baixa de 2,96 por cento, a 22,29 reais.

O papel da Gol teve a maior queda do índice, 8,14 por cento, a 10,84 reais, e acumulou baixa de quase 30 por cento em apenas quatro dias após revisar estimativas para o ano.

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