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O índice compara o custo do famoso sanduíche do McDonald’s em diferentes países a partir da conversão da moeda local em dólar | Robert Sullivan/AFP
O índice compara o custo do famoso sanduíche do McDonald’s em diferentes países a partir da conversão da moeda local em dólar| Foto: Robert Sullivan/AFP

O Índice Big Mac, divulgado pela revista britânica The Economist nesta quinta-feira (7), aponta que o Brasil tem o 14º Big Mac mais caro entre os 27 países pesquisados.

O preço do tradicional sanduíche no Brasil é de R$ 13,50 (US$ 3,35) e a taxa de câmbio de mercado usada na pesquisa é R$ 4,02. Entretanto, o índice Big Mac indica que a taxa de câmbio, com base no custo do sanduíche, deveria ser de R$ 2,74. De acordo com a pesquisa, a subvalorização do real atualmente, de 32%, é a maior desde maio de 2004 (41,4%).

Entenda o índice

O índice Big Mac, criado em 1986, é baseado na ideia da paridade do poder de compra, que diz que as taxas de câmbio deveriam se mover em direção a um nível que tornaria igual o preço de uma cesta de produtos em diferentes países. Neste caso, se o custo local de um sanduíche é superior ao preço nos EUA, de US$ 4,93, a moeda está sobrevalorizada, ou cara. Se o preço local é inferior a esse nível, a moeda está subvalorizada, ou barata.

A Economist lembra que, para moedas emergentes, estar subvalorizada no índice Big Mac não é necessariamente sinal de que a taxa de câmbio deve subir em breve. Isso porque o custo do hambúrguer depende parcialmente de itens não comercializáveis, como aluguéis e salários, que tendem a ser menores em países mais pobres.

Segundo a publicação, o índice compara o custo do famoso sanduíche do McDonald’s em diferentes países a partir da conversão da moeda local em dólar usando taxas de câmbio do mercado (com base em 6 de janeiro). O resultado é usado para mostrar o poder de compra das moedas dos países pesquisados.

Nos Estados Unidos, o Big Mac custa US$ 4,93. No topo da lista, apenas na Suíça (US$ 6,44), Suécia (US$ 5,23) e Noruega (US$ 5,21) o sanduíche é mais caro, fato destacado pela Economist. Nos outros 23 países, mais a zona do euro, o lanche se mostrou mais barato após a conversão, o que indica que a maioria das moedas globais estão mais baratas com relação ao dólar.

Isso se deve principalmente pela queda no preço das commodities, que afetou diretamente o real frente ao dólar, e a desaceleração da economia da China, que reduziu a demanda ao exterior. Além disso, a decisão do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) em elevar a taxas de juros em dezembro também pesa na depreciação cambial, aponta a revista.

O Brasil se mostra na posição mais alta do ranking entre os Brics. A China (US$ 2,68) ocupa a 19ª posição, enquanto a Índia (US$ 1,90), África do Sul (US$ 1,77) e Rússia (US$ 1,53) estão entre os últimos lugares da lista.

Confira o ranking do Índice Big Mac:

  1. Suíça
  2. Suécia
  3. Noruega
  4. Estados Unidos
  5. Dinamarca
  6. Israel
  7. Reino Unido
  8. Canadá
  9. Países da zona do euro
  10. Austrália
  11. Coreia do Sul
  12. Emirados Árabes
  13. Turquia
  14. Brasil
  15. Japão
  16. Tailândia
  17. Chile
  18. México
  19. China
  20. Hong Kong
  21. Argentina
  22. Indonésia
  23. Egito
  24. Índia
  25. África do Sul
  26. Ucrânia
  27. Rússia
  28. Venezuela
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