Chuvas recuperam reservatórios
Apesar de evitar uma alta maior da energia em 2022, a operação de crédito será paga pelos consumidores a partir de 2023.| Foto: Agência Brasil

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (15) um novo empréstimo de até R$ 10,5 bilhões ao setor elétrico para cobrir os custos gerados pela crise hídrica do último ano. A proposta foi apresentada na última reunião extraordinária do órgão pelo diretor Efrain Pereira da Cruz, relator do tema, e confirmada pelos demais diretores. O valor será emprestado de bancos público e privados.

Apesar de evitar uma alta maior da energia em 2022, a operação de crédito será paga pelos consumidores a partir de 2023. O dinheiro será cobrado na forma de um novo encargo na conta de luz até as distribuidoras quitarem o financiamento. Caberá aos bancos e a Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE) definir o prazo do empréstimo, que será realizado em duas partes.

A primeira parcela no valor de R$ 5,3 bilhões pretende cobrir o saldo negativo na conta de bandeiras tarifárias em abril de 2022, após o fim da cobrança da bandeira de escassez hídrica. O dinheiro também cobrirá as importações de energia de julho e agosto do ano passado e o bônus concedido aos consumidores que economizaram energia.

A segunda parte do empréstimo, estimado em R$ 5,2 bilhões, pretende cobrir parcialmente os custos de usinas termelétricas contratadas em dezembro do ano passado, por meio de leilão simplificado. Segundo a área técnica da Aneel, sem nenhuma medida de mitigação, a conta de energia subiria 21% em 2022. Esse valor ainda passará por consulta pública.