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O CEO da Boeing, Dennis Muilenburg.| Foto: John Gress/POOL/AFP

A norte-americana Boeing anunciou que em janeiro interromperá a produção de seu novo jato comercial 737 Max. A paralisação na linha de montagem do modelo já era antecipada, após 9 meses de aeronaves presas nos hangares em todo o mundo. Conforme fontes ouvidas pelo The Washington Post, não haverá demissões por causa do corte na montagem dos jatos; mas centenas de fornecedores de peças e equipamentos serão afetados.

"Acreditamos que essa decisão tem menos impactos para a manutenção da saúde do sistema de produção e da cadeia de suprimentos a longo prazo", diz comunicado da empresa, que - entretanto - não esclarece por quanto tempo a produção ficará parada. Ainda de acordo com a Boeing, "essa decisão é motivada por vários fatores, incluindo a extensão do processo de recertificação para 2020, a incerteza sobre o momento e as condições do retorno ao serviço e [...] a importância de garantir que possamos priorizar a entrega de aeronaves armazenadas. Continuaremos a avaliar os progressos para retomar a produção e as entregas de acordo com as determinações das autoridades", informou a companhia.

A suspensão encerra um ano financeiramente desastroso para a divisão de aviões comerciais da Boeing. O 737 Max está "preso" em solo desde março, depois que um problema de software causou dois acidentes fatais. A empresa esperava que a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) aprovasse correções do sistema ainda em 2019, mas o cronograma sofreu adiamentos e a volta das operações ficou para 2020.