Gasolina e diesel têm sofrido sucessivos reajustes de preço em 2021| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo
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O congelamento do ICMS sobre os combustíveis por 90 dias gerou um fato político às vésperas da paralisação dos caminhoneiros, mas não o suficiente para desmobilizar a greve convocada para a segunda-feira (1º). A medida anunciada nesta sexta-feira (29) pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ajuda a conter a alta no preço dos combustíveis, mas sequer faz parte da agenda de reivindicações da parcela da categoria, que segue empenhada em paralisar o país.

Segundo o Confaz, a medida vai colaborar com a manutenção dos preços dos combustíveis vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022. A decisão é vista pelos governadores como uma alternativa ao projeto de lei que altera as regras de cobrança do ICMS sobre os combustíveis, recentemente aprovada pelo Congresso.

"Essa questão do congelamento do ICMS não é uma pauta do governo federal e, sim, dos governadores. É fruto de um estudo que estava sendo feito através do governador [de Minas Gerais] Romeu Zema e foi aprovado, mas não quer dizer que vai reduzir o preço efetivamente. Daqui a 90 dias, estaríamos novamente com a sinalização [de greve]", diz o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o "Chorão", um dos coordenadores da convocação de greve.

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