Mina de Conceição, em Itabira (MG): Vale teve a segunda maior perda em valores absolutos nos últimos três dias: seu valor de mercado caiu R$ 23,9 bilhões, segundo a Economatica.
Mina de Conceição, em Itabira (MG): Vale teve a segunda maior perda em valores absolutos nos últimos três dias: seu valor de mercado caiu R$ 23,9 bilhões, segundo a Economatica.| Foto: Janaina Duarte/Agência Vale

Em meio à operação do governo para mudar o teto de gastos e garantir um benefício mensal de R$ 400 para o novo programa social Auxílio Brasil, o Ibovespa – principal índice da B3, a Bolsa brasileira – caiu quase 6% em três dias, e o dólar comercial subiu mais de 2%.

Na segunda-feira (18), o Ibovespa fechou o dia em 114.428 pontos. Na quinta (21), o índice encerrou em 107.735 pontos, com desvalorização de 5,84% nesse intervalo.

Segundo cálculos da Economatica, especializada em sistemas de análise financeira, o valor de mercado de todas as empresas listadas baixou de R$ 4,984 trilhões para R$ 4,7 trilhões em três dias – uma queda de R$ 248 bilhões.

De acordo com os dados da Economatica, divulgados pela "Folha de S. Paulo", as maiores perdas em valores absolutos foram da Petrobras (desvalorização de R$ 24,2 bilhões), Vale (R$ 23,9 bilhões), Magazine Luiza (R$ 12,3 bilhões), Rede D'Or (R$ 8,1 bilhões) e Ambev (R$ 7,55 bilhões).

Em transmissão ao vivo na noite de quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro criticou a reação do mercado financeiro às discussões sobre o teto de gastos. "Fica o mercado nervosinho. Se vocês explodirem a economia do Brasil, pessoal do mercado, vocês vão ser prejudicados também", disse.

A mudança nas regras do teto foi feita por meio da PEC dos precatórios, aprovada na noite de quinta em comissão especial da Câmara. Quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão. Sobre as baixas, Bolsonaro disse na live que “tem secretário que quer fazer valer a sua vontade”.