| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME
Ouça este conteúdo

O governo federal teve um superávit primário de R$ 2,1 bilhões em março de 2021, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quinta-feira (30). Esse é o valor em que as receitas com impostos e outras fontes superaram as despesas, como Previdência, folha de pagamento e outros gastos. O valor não inclui o pagamento dos juros da dívida, por isso é chamado de resultado primário.

Foi o melhor resultado para meses de março desde 2014, ou seja, em sete anos, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 4,256 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. O valor também foi bem melhor do que o registrado em março de 2020, quando o governo teve um rombo de R$ 21,1 bilhões, em meio ao início da pandemia de Covid-19.

A melhora se deu por alguns fatores. Primeiro, a receita total cresceu 20,4% em março de 2021 frente a março de 2020 (em termos reais), puxada pela alta das receitas administradas e pela arrecadação de tributos ligados ao comércio exterior.

Publicidade

Depois, as despesas caíram 3,1% em termos reais, puxadas principalmente pela expressiva redução nos gastos com pessoal e encargos sociais, abono salarial e seguro-desemprego. Pesou na redução das despesas o fato de o Orçamento de 2021 não ter sido aprovado a tempo e o governo ter que executar somente os gastos estritamente necessários. O Orçamento foi sancionado dia 22 de abril.

Com o resultado de março, o governo acumula nos três primeiros meses deste ano um superávit primário de R$ 24,4 bilhões, ante déficit de R$ 2,9 bilhões no mesmo período de 2020 (em termos nominais). É o primeiro superávit primário visto para o período desde 2015, segundo o Tesouro Nacional. Também foi o melhor resultado para o primeiro trimestre de um ano desde 2013, quando o saldo positivo somou R$ 29,8 bilhões.