Leilão de reserva de capacidade
Leilão de reserva de capacidade, inédito no país, rende R$ 5,98 bilhões em investimentos privados.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O leilão de reserva de capacidade de energia, realizado pelo Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (21) em moldes inéditos no país, resultou em R$ 5,98 bilhões em investimentos privados a serem realizados para a disponibilização de potência elétrica a partir do ano de 2026. O formato do certame viabiliza que o governo compre a disponibilidade futura das usinas contratadas, garantindo que elas possam ser acionadas a qualquer momento, a depender das necessidades para o sistema elétrico, evitando contratações excepcionais como as realizadas em 2021, em decorrência da crise hídrica.

Segundo o MME, "foi concebido para promover confiabilidade estrutural no suprimento de energia elétrica, com menores custos para os consumidores" e "representa mais um passo da Modernização do Setor Elétrico Brasileiro, permitindo alocação de custos da expansão estrutural do sistema elétrico de forma mais eficiente".

O leilão deve deságio de R$ 15,34% ante o preço inicial, com preço médio de contratações de R$ 824.553,83 MW-ano. As vencedoras são 17 usinas termelétricas que, juntas, devem disponibilizar 4,632 megawatts de potência com início de fornecimento em 1º de junho de 2026 e prazo de suprimento de 15 anos. Entre as unidades em questão, nove são movidas a gás natural, cinco a óleo combustível, duas a diesel e uma a biomassa. A cada ano, o conjunto de térmicas receberá R$ 3,4 bilhões, somando um total de R$ 57,3 bilhões no decorrer do período de validade dos contratos (a ser pago com dinheiro de encargos na conta de energia).

Ainda de acordo com o Ministério de Minas e Energia, os investimentos têm potencial de geração de cerca de 13 mil postos de trabalho no período de implantação.